Todo o Comitê Consultivo para Práticas de Imunização, composto por 17 pessoas que assessoram os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA será desfeito e substituído por novos integrantes, anunciou Kennedy em um artigo de opinião no Wall Street Journal.

O grupo aconselha sobre o calendário de vacinação e a cobertura necessária de imunizações no país.

O secretário tem autoridade para nomear e demitir integrantes, que normalmente cumprem mandatos de quatro anos. Mas a demissão prematura de todo o é inédita.

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Kennedy disse que vários integrantes do — tradicionalmente pediatras, epidemiologistas, imunologistas e outros médicos — foram "nomeados de última hora" pelo governo Biden.

"Sem a remoção dos membros atuais, o atual governo Trump não teria sido capaz de nomear a maioria dos novos membros até 2028", argumentou.

Os integrantes do não são indicados por políticos. No entanto, Kennedy, um crítico de longa data da política federal de vacinas, pontuou que o grupo estava repleto de conflitos de interesse e não tem sido transparente em suas recomendações de vacinação.

O considerou recentemente restringir as recomendações para a vacinação contra a Covid-19 entre crianças.

Kennedy havia prometido anteriormente ao senador Bill Cassidy, republicano da Louisiana e presidente do Comitê de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões, que o consultaria sobre o preenchimento de cargos-chave nos conselhos consultivos de vacinas.

Um porta-voz de Cassidy não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O comitê deve se reunir em 25 de junho para discutir a vacinação contra a Covid-19, VSR, influenza, HPV e doença meningocócica. O Departamento de Saúde dos EUA informou que a reunião ainda ocorrerá, o que dá à agência cerca de duas semanas para compor seu consultivo.

“Nomear pessoas tão rapidamente significa que elas não foram devidamente avaliadas e não há tempo real para verificar questões de conflito de interesses”, avaliou Dorit Reiss, professora de direito na UC Law San Francisco, à CNN.

“Isso não restaurará a confiança nas vacinas e não foi projetado para isso", concluiu.

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