A projeção coloca o Brasil atrás apenas do Oriente Médio, que lidera o ranking global com perda estimada de 19% do PIB. O levantamento considerou dados do NGFS (Network for Greening the Financial System) e avaliou os impactos econômicos diretos e indiretos da elevação da temperatura média global em cada região.
Ranking global de perdas estimadas de PIB até 2050:
O relatório destaca que os danos econômicos decorrem principalmente da perda de produtividade e da redução da acumulação de capital, mais do que da destruição física causada por desastres naturais. Setores como agricultura, infraestrutura e indústria serão especialmente impactados em países tropicais e emergentes.
Os autores alertam que os efeitos já são perceptíveis antes de 2050, e que as perdas econômicas tendem a se intensificar. Segundo o estudo, limitar o aquecimento global a menos de 2 °C, conforme o Acordo de Paris, pode reduzir drasticamente essas perdas — mas para isso seriam necessários investimentos significativos e urgentes em mitigação e adaptação.
O relatório reforça ainda que o custo da inação climática é muito superior ao custo de agir. A estimativa é que deixar de agir resultará em perdas de até 27% do PIB global acumulado até 2100, enquanto as ações necessárias para conter os danos custariam entre 1% e 2%.