Os dados da agência Copernicus confirmaram que o ano ado foi o ano mais quente já registrado na história, quebrando o recorde anterior estabelecido em 2023.

Este limite de 1,5 °C foi estabelecido na COP20, dez anos atrás, com base em estudos científicos que demonstraram que esse limite poderia evitar os impactos mais devastadores e extremos da mudança climática, mesmo que alguma adaptação ainda seja necessária.

Embora a variação pareça pequena quando comparada à amplitude térmica de um dia comum, por exemplo, a conta é diferente quando levamos em conta que a mudança ocorre na média da temperatura de um sistema tão complexo como o planeta Terra.

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Alexandre Prado, líder de mudanças climáticas do WWF-Brasil, usou uma analogia com o corpo humano para explicar como cada grau faz diferença: "Nossa temperatura corporal gira em torno de 36 °C, se a gente vai para 38 °C, já começa a sentir febre".

Ter atingido este limite em um único ano, no entanto, não é o suficiente para afirmar que já chegamos no patamar de 1,5 °C de aumento a longo prazo. Para consolidar essa certeza, ainda é preciso monitorar a temperatura durante algumas décadas.

Mesmo assim, o ano ado já contou com eventos climáticos extremos que deram uma prévia do que pode se tornar rotina caso o aquecimento global ultrae esse limite a longo prazo.

"Fenômenos muito intensos que aconteciam uma vez a cada 50 anos, uma vez a cada 100 anos, eles am a ocorrer com uma frequência muito maior e a intensidade também acaba aumentando muito", disse Pedro Luiz Côrtes, professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, citando como exemplo as chuvas no Rio Grande do Sul que afetaram o estado quase todo no ano ado.

O que acontece se ultraarmos o limite de 1,5 °C de aumento na temperatura global?

A estrategista de Justiça Climática do Greenpeace Brasil, Pamela Gopi, listou alguns dos principais efeitos que o aumento de mais de 1,5 °C na média da temperatura global poderia ter no mundo:

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