A descoberta foi feita em Dra’Abu El Naga, uma necrópole não real de grande importância em Luxor, informou o ministério em comunicado nesta segunda-feira (26).
A escavação foi realizada inteiramente por egípcios, segundo Sherif Fathy, ministro do Turismo e Antiguidades, que chamou a descoberta de “significativa” para o registro arqueológico do país, em postagem no perfil do ministério no Instagram.
As inscrições no interior das tumbas permitiram à equipe de escavação identificar os nomes e os títulos de seus donos, disse Mohamed Ismail Khaled, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, no comunicado. Mais trabalho será necessário para concluir a limpeza e o estudo das inscrições restantes nas tumbas.
Uma das sepulturas pertence a um homem chamado Amun-em-Ipet, do período raméssida (geralmente considerado as 19ª e 20ª dinastias), que teria trabalhado no templo ou nos domínios de Amon, a divindade reverenciada como rei dos deuses. A maioria das cenas em sua tumba foi destruída, com exceção de representações de carregadores de móveis e uma cena de banquete, informou o ministério.
Outra, datada da 18ª dinastia, pertenceu a um homem chamado Baki, que trabalhava como supervisor de celeiro, segundo o ministério.
A terceira tumba, também da 18ª dinastia, pertencia a um homem chamado Es, identificado como detentor de vários cargos: supervisor no Templo de Amon, prefeito dos oásis do norte e escriba.
Abdel Ghaffar Wagdy, diretor-geral das antiguidades de Luxor e líder da missão, descreveu as estruturas dos túmulos no comunicado fornecido pelo ministério. Segundo Wagdy, a tumba de Amun-em-Ipet é composta por um pequeno pátio, uma entrada e um salão quadrado que termina em um nicho, onde a parede oeste foi quebrada.
O mausoléu de Baki consiste em um longo pátio semelhante a um corredor, seguido por outro que leva à entrada principal. Um salão estendido conduz a outro comprido, que termina em uma câmara inacabada contendo seu poço funerário.
A tumba pertencente a Es também possui um pequeno pátio com um poço, seguido por uma entrada principal e um salão transversal que leva a outro salão comprido -- também inacabado.
Os locais marcam mais uma descoberta feita este ano em Luxor.
Em fevereiro, uma missão arqueológica egípcio-britânica descobriu a tumba do rei Tutmés II, em uma descoberta que, na época, foi considerada “notável” pelas autoridades.
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