Um estudo recente afirmou que esses fungos se espalharão significativamente pelo mundo à medida que o planeta esquenta e, mesmo tendo um papel importante nos ecossistemas, o A. flavus pode ter um impacto devastador na saúde humana, já que infecções fúngicas matam cerca de 2,5 milhões de pessoas por ano.
Atualmente, o A. flavus é mais presente na Ásia, no Oriente Médio e na África, possivelmente devido à sua capacidade de sobreviver melhor em condições climáticas mais quentes e áridas.
De acordo com um estudo publicado no Journal of Fungi, 10% dos casos de aspergilose broncopulmonar -- doença pulmonar alérgica causada por uma reação imune exagerada -- são causados pelo fungo que inspirou a série "The Last of Us".
Os surtos dessas infecções geralmente acontecem entre pessoas imunocomprometidas -- se manifestando de formas cutânea, subcutânea e em mucosas.
Um documento divulgado na Microbiology Society explica que alguns dos sintomas das doenças causadas pelo A. flavus podem ser sinusite crônica e inflamações na córnea, na pele, em feridas e nos ossos.
A identificação da causa desses problemas é dificultado por existirem várias espécies morfologicamente e quimicamente parecidas e pela falta de material científico sobre esse fungo.
De acordo com o periódico Annual Review of Phytopathology, o Aspergillus flavus vive no solo e ataca sementes e grãos antes e depois da colheita. Ele produz uma substância tóxica chamada aflatoxina, que pode contaminar os alimentos e causar sérios problemas de saúde -- se tornando cancerígena e perigosa para humanos e animais.
A Anvisa cita que não existe transmissão dos fungos Aspergillus entre as pessoas, nem de animais ao homem. A porta de entrada no organismo é por via inalatória e acontece principalmente em ambientes hospitalares, presentes no sistema de ventilação contaminado, uso de chuveiros, contato direto com roupas ou objetos contaminados e ar contaminado.
Apesar de poder levar a óbito, a realidade é diferente da retratada em "The Last of Us": mesmo podendo ser fatal, esse fungo não transforma as pessoas em zumbis mortais que transmitem a doença por meio de mordidas.