As dores de garganta são geralmente provocadas por infecções bacterianas ou virais, como gripes e resfriados. Elas afetam as estruturas da garganta, principalmente a faringe e as amídalas e podem vir acompanhadas de dificuldade para engolir, rouquidão e tosse.
Gilberto Pizarro, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, explica que sprays e pastilhas podem oferecer alívio temporário dos incômodos causados pela dor de garganta, mas é preciso ficar atento ao uso desses fármacos.
“Os sprays e pastilhas podem ser usados em quadros agudos para aliviar a dor durante três a cinco dias. A dor de garganta é um sintoma que pode indicar várias doenças e, quando crônica, pode sinalizar quadros como sífilis, HIV ou tumores”, explica.
O alívio proporcionado por esses medicamentos é porque em sua composição eles possuem componentes que atuam como anti-inflamatórios e anestésicos locais. Por isso, é importante ficar atento à composição e ler a bula antes do uso.
“As pessoas com alergia ao spray não podem usar, pois pode causar obstrução da respiração e até morte. O uso em doses aumentadas é um grande problema, pois a hiperdosagem é tóxica”, acrescenta o otorrinolaringologista.
Para minimizar os riscos e até mesmo não mascarar outras doenças mais graves, o uso desse tipo de medicamento não deve ser feito com frequência e caso o incomodo na garganta não melhore em uma semana, o indicado é procurar ajuda médica para um diagnóstico correto.
“A automedicação pode mascarar doenças como câncer de boca. As lesões vermelhas e ulceradas devem ser imediatamente avaliadas por um médico, de preferência otorrinolaringologista”, enfatiza Pizarro.
Veja 4 recomendações ao usar sprays e pastilhas para garganta