“Podemos mudar a forma como combatemos o vírus Zika com o adesivo porque é um método de vacinação eficaz, indolor, simples de aplicar e fácil de armazenar”, disse Danushka Wijesundara, pesquisador que trabalha no desenvolvimento da nova vacina.

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O pesquisador ressaltou que o vírus Zika é um risco para pessoas em todo o Pacífico, Sudeste Asiático, Índia, África e América do Sul e Central.

“No nosso ensaio pré-clínico, a vacina proporcionou proteção rápida contra o vírus Zika vivo, visando uma proteína específica fundamental para a sobrevivência do vírus", explicou.

O adesivo da vacina estimulou respostas de células T que foram cerca de 270% maiores do que a da istrada por uma agulha ou seringa.

O vírus Zika geralmente causa uma doença leve, mas a infecção durante a gravidez pode causar aborto espontâneo ou bebês nascidos com malformações congênitas.

Em fevereiro de 2016, a Organização Mundial de Saúde declarou uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional quando o vírus Zika se espalhou por 40 países da América Latina, causando mais de 1,5 milhões de casos confirmados ou suspeitos num período de 6 meses.

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David Muller, da Escola de Química e Biociências Moleculares da UQ, disse que o adesivo de microarranjo e a vacina podem trazer benefícios além da capacidade de proteção contra o vírus Zika.

“Como a proteína que visamos desempenha um papel central na replicação de uma família de vírus conhecida como flavivírus, existe o potencial de aplicar a nossa abordagem para atingir outros flavivírus, como a dengue ou a encefalite japonesa”, segundo o pesquisador.

Outro benefício do protótipo é a estabilidade da vacina em temperaturas elevadas, o adesivo retinha a potência da vacina quando armazenado a 40°C por até quatro semanas. “Isso aumenta o alcance das vacinas em países mais pobres, onde a refrigeração é um desafio”, explicou Muller.

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