Segundo a Organ Procurement and Transplantation Network, cerca de 6 mil pessoas morreriam anualmente antes de receber um transplante de órgão. Um dos motivos para isso é a perda de órgãos em armazenamento refrigerado durante o transporte, em que os atrasos os fazem aquecer prematuramente e se deteriorar.
Para resolver esse problema, pesquisadores desenvolveram uma técnica conhecida como nanoaquecimento, pioneira do colaborador John Bischof, para empregar nanopartículas magnéticas e campos magnéticos para descongelar tecidos congelados de forma rápida, uniforme e segura.
Essas nanopartículas são ímas de barras extremamente pequenos que, quando expostos a campos magnéticos alternados, geram calor o suficiente para descongelar rapidamente tecidos animais armazenados a −150 graus Celsius em uma solução das nanopartículas e um agente crioprotetor. Os pesquisadores também conseguiram desenvolver uma abordagem para evitar o superaquecimento de regiões onde as partículas se reuniam, evitando o risco de danos nos tecidos e toxicidade do agente crioprotetor.
Aplicando esse método a fibroblastos de pele humana cultivados e a artérias carótidas de porcos, os pesquisadores notaram que a viabilidade celular permaneceu alta após o reaquecimento por alguns minutos, sugerindo que o descongelamento foi rápido e seguro. A capacidade de controlar o reaquecimento do tecido é um avanço para criopreservação de órgãos de longo prazo e, para os pesquisadores, oferece esperança de mais transplantes que salvam vidas de pacientes.