No ano ado, ele já havia anunciado uma pausa na carreira justamente para lidar com uma condição médica – à época não diagnosticada desconhecida – que afetava suas habilidades cognitivas.

Em entrevista à CNN Rádio, o neurologista Raphael Spera, que é membro da Academia Brasileira de Neurologia, explicou que há métodos de “resiliência cerebral” que são capazes de proteger preventivamente o cérebro de futuras agressões, como a demência.

“Os mecanismos protetores são de atividade intelectual, como palavras cruzadas, mas com alternância de estímulos, ou seja, fazer coisas diferentes, não só uma atividade.”

Entre elas, estão a “leitura de livros diferentes, tocar um instrumento musical, jogos de tabuleiro, como xadrez, dama, e até jogos de carta.”

O tricô e o crochê também são atividades interessantes, já que “trabalham as duas mãos e estimulam raciocínio.”

O importante, Spera reforça, é que essas atividades sejam feitas de forma alternada e constante.

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Fatores de risco

Os fatores de risco, de acordo com o neurologista, am pela idade, já que há mais desgaste do cérebro com o tempo; baixa escolaridade, devido ao menor estímulo intelectual; e comorbidades como pressão alta, diabetes; além da inatividade física.

Além disso, ele destaca que “pessoas na família com quadros cognitivos, uso excessivo de álcool e má alimentação são fatores que levam a ter doença neurodegenerativa.”

“Não é um fator que causa isoladamente, mas um conjunto desses riscos”, completou.

*Com produção de Isabel Campos

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