A suspeita foi registrada na fábrica da Solar Bebidas, responsável pela produção da marca na região. Durante inspeção, técnicos do Mapa constataram que houve contato entre o líquido de resfriamento, que contém álcool de grau alimentício, e os produtos em processo de fabricação. A suspensão será mantida até que a empresa finalize os ajustes necessários e comprove que não houve contaminação.

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De acordo com Paulo Barros, gastroenterologista do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a contaminação de refrigerantes por etanol alimentício representa "um risco sério à saúde", principalmente em crianças.

"O principal risco está no consumo não intencional de uma substância psicoativa, que pode comprometer funções motoras, neurológicas e, em casos extremos, levar ao coma alcoólico e até à morte", afirma.

Os sintomas iniciais da intoxicação por etanol incluem euforia e agitação psicomotora. "Com o aumento da quantidade ingerida, esses sinais podem evoluir para comprometimento da coordenação motora, confusão mental e perda de consciência", afirma Barros.

"Em níveis mais altos de intoxicação, podem ocorrer disfunções graves, como depressão respiratória e coma alcoólico, situações que representam risco real de morte. Por isso, qualquer suspeita de ingestão de etanol, especialmente por crianças, exige atenção médica imediata", alerta.

Apesar dos riscos, os produtos com suspeita de contaminação por etanol alimentício não chegaram ao mercado. "Acreditamos que não houve contaminação", diz o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

*Com informações de Gabriel Garcia, da CNN em Brasília

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