Conforme as especialistas, o sintoma mais característico do Alzheimer é a dificuldade em formar novas memórias. "O principal sintoma é a perda de memória para fatos recentes, ou seja, a perda da capacidade de novos aprendizados", explicaram as especialistas.
As médicas ressaltaram que, enquanto lembranças antigas permanecem intactas, eventos recentes se tornam difíceis de recordar. Por exemplo, uma pessoa com Alzheimer pode se lembrar perfeitamente de acontecimentos de dez anos atrás, mas esquecer o que fez na semana anterior, onde esteve ou o que almoçou no dia anterior.
As neurologistas explicaram que essa dificuldade está relacionada a uma região específica do cérebro: "Novas informações são dependentes de uma região do cérebro que a gente chama de hipocampo. E essa região é afetada muito inicialmente na maioria dos casos de doença de Alzheimer".
Um aspecto importante destacado pelas especialistas é o caráter insidioso da doença. Os sintomas podem começar de forma sutil, muitas vezes ando despercebidos pelo próprio indivíduo e por familiares e amigos. "Começa com uma perda, a pessoa queixa-se que não está funcionando, a cabeça não está mais funcionando como era antes, depois vão ocorrendo pequenos lapsos, esses lapsos vão aumentando", explicaram.
As médicas enfatizaram a importância da autoavaliação na identificação precoce dos sintomas. "O que é interessante é a pessoa sempre se comparar ao que ela era antes. Como que era meu funcionamento, o que eu era capaz e agora o que está acontecendo comigo", aconselharam. Essa comparação pode ser crucial para perceber mudanças significativas e buscar ajuda médica adequada.
O diagnóstico precoce do Alzheimer é fundamental para o manejo adequado da doença e para proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes. Portanto, estar atento aos sinais e procurar auxílio médico ao notar mudanças persistentes na memória e no funcionamento cognitivo é essencial para um tratamento mais eficaz.