Barbosa enfatizou que, embora existam exames que auxiliam no processo, o diagnóstico de Parkinson é essencialmente clínico. "Não tem nenhum exame diagnóstico", afirmou o especialista, explicando que os testes disponíveis são utilizados principalmente para "constatar, mostrar a perda da atividade dopaminérgica".
Entre os exames auxiliares, o professor mencionou a ressonância magnética de 3 tesla, que pode revelar alterações na substância negra do cérebro. No entanto, ele reiterou que esses exames são complementares e não substituem a avaliação clínica criteriosa.
O tremor é frequentemente o primeiro sinal que leva à suspeita do Parkinson. Contudo, Barbosa alertou que cerca de 20% dos pacientes podem não apresentar tremores ao longo de toda a evolução da doença. Nesses casos, conhecidos como "síndrome rígido acinética", o diagnóstico tende a ser mais demorado e complexo.
"Nesses, o diagnóstico demora mais para ser feito. É mais confundido com outras condições, às vezes ortopédicas, porque a imobilidade pode trazer dores articulares no ombro", explicou o especialista.
Esta variação nos sintomas ressalta a importância de uma avaliação médica abrangente e cuidadosa para um diagnóstico preciso do Parkinson.