O Dia Mundial de Luta Contra o Câncer, celebrado nesta terça-feira (8), vem com o foco de servir como um lembrete de que a urgência na resposta contra o câncer deve ser uma realidade em todas as esferas da sociedade.
"A cada dia que a sem uma ação coordenada e urgente, mais vidas são afetadas. Não podemos aceitar isso como normal. É nossa responsabilidade coletiva garantir que o câncer seja uma prioridade máxima na agenda de saúde do Brasil", diz Marlene Oliveira, fundadora e presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, em comunicado enviado à CNN.
Segundo o médico oncologista Igor Morbeck, os números têm assustado porque sobem a cada ano.
"O o do paciente aos serviços de saúde para iniciar os tratamentos da doença está ruim. O tempo entre diagnóstico clínico, ou seja, a presença de sintomas, até o momento de o paciente ter o aos exames de diagnóstico e, principalmente tratamento, tem levado muitos meses", discorre o profissional, em entrevista à CNN.
Quanto mais cedo o diagnóstico é feito, maior há chance de promover cura e sobrevida dos pacientes. “Ao realizar, por exemplo, os exames de imagem, biópsias, e ao iniciar os tratamentos cirúrgicos e ou quimioterápicos mais cedo, estes pacientes am a ter uma perspectiva de cura e aqueles que não têm chance de cura, terão mais anos de sobrevida e com qualidade de vida.”
O médico ainda explica que não são apenas os fatores de risco genéticos e hereditários as causas do tumor. Adotar um estilo de vida mais saudável também é uma urgência no combate contra o câncer.
"O estilo de vida que a pessoa leva é importante. Má alimentação, falta de atividade física, principalmente que leva ao sedentarismo e obesidade, o hábito de fumar e ingerir com frequência bebida alcoólica são alguns fatores importantes a serem evitados. Tem estudos que mostram que é possível prevenir cerca de 20 a 30% dos cânceres só tomando medidas básicas, que são as chamadas medidas de prevenção e adoção de estilo de vida saudável", ressalta Igor Morbeck.
Por fim, o especialista destaca que ainda há grande discrepância no tratamento do câncer para a população. "Existem estudos brasileiros atuais que mostram que pacientes tratados no Sistema Único de Saúde têm uma sobrevida menor do que os pacientes com o ao serviço privado. Isso, lamentavelmente, é uma verdade que precisa mudar", finaliza.