De acordo com a pasta, os órgãos mais transplantados em 2024 foram o de rim (6.320 transplantes) e o de fígado (2.454), entre os sólidos, e o de córnea (17.107) e o de medula óssea (3.743) entre os líquidos. Desses, 85% dos transplantes são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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Em 2024, foram mais de 4 mil doadores efetivos, mantendo um patamar estável em relação a 2023 (4.129), mas ultraando 2022 (3.522). Ainda assim, ainda é um desafio aumentar o número de doadores de órgãos, principalmente porque muitas doações devem ser autorizadas pela família do falecido. Segundo o Ministério da Saúde, apenas 55% das famílias entrevistadas em 2024 autorizaram as doações de órgãos.

Diante do cenário, a pasta anunciou uma série de medidas para os próximos anos, incluindo a revisão do regulamento técnico do Sistema Nacional de Transplantes para reduzir a negativa das famílias e aumentar o número de doações. Entre as medidas anunciadas pelo Ministério, estão o Novo Programa de Qualidade em Doação Para Transplante (Prodot), que busca capacitar, monitorar e financiar equipes com foco em entrevistas familiares.

Além disso, foram anunciadas também medidas para reduzir o tempo entre doação e realização do transplante, com a implementação da prova cruzada virtual, um teste que avalia, à distância, se o receptor terá rejeição ao órgão doado. Até então, esse teste é realizado apenas em São Paulo, Rio Grande do Sul, Piauí e Pernambuco.

Outras medidas anunciadas pela pasta incluem:

"As medidas que estamos anunciando hoje reduzem o tempo de espera para quem está na fila do transplante, mas fazem mais do que isso", afirma Alexandre Padilha, ministro da Saúde, em coletiva de imprensa. "Ao qualificar um hospital para fazer transplante, ele tem que ter um laboratório muito bom, tem que ter uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) muito boa, um serviço de urgência muito bom, por que, se não acolher de forma adequada humanizada, você não conquista aquela pessoa para ser um potencial doador"

"Investir no transplante, além de salvar vidas, qualificar tecnologias, produzir conhecimento, qualificar os serviços, também gera uma melhoria de todo o atendimento especializado e nos ajuda a reduzir o tempo de espera, e nos ajuda a executar com mais agilidade o 'Agora Tem Especialistas' [programa lançado em maio deste ano para para ampliar o o da população a consultas, exames e cirurgias]", completa o ministro.

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