A pesquisa, realizada por cientistas de universidades do Reino Unido, acompanhou 1734 crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos que testaram positivo para a Covid-19 e foram sintomáticas. Em geral, os participantes do estudo tiveram uma média de três sintomas, que perduraram por cerca de seis dias.
Os pesquisadores apontaram que 4,4% das crianças tiveram sintomas da doença por mais de quatro semanas, sendo os mais comuns fadiga, dores de cabeça e perda do olfato. No entanto, 98,2% – ou seja, quase todos os participantes – já haviam se recuperado em oito semanas.
Este resultado dá mais segurança aos cientistas em relação aos sintomas persistentes da Covid-19 em crianças e adolescentes em idade escolar.
É tranquilizador que o número de crianças que vivenciam sintomas persistentes da Covid-19 seja baixo. Ainda assim, um pequeno número delas a por uma infecção longa da doença, e nosso estudo valida a vivência dessa criança e de sua família
As infecções foram monitoradas entre os dias 1 de setembro de 2020 e 22 de fevereiro de 2021, com os pais e responsáveis pelas crianças e adolescentes participantes registrando constantemente os sintomas da doença em um aplicativo desenvolvido especialmente para o estudo.
“Nossos dados destacam que outras doenças, como gripes e resfriados, também podem ter sintomas prolongados em crianças, e é importante considerar isso ao planejar serviços de saúde pediátricos durante a pandemia e após. Será particularmente importante, pois a permanência dessas doenças deve aumentar com a revogação das medidas de distanciamento social de prevenção à Covid-19”, expôs Michael Absoud, outro autor sênior da pesquisa e também professor da King’s College em Londres.
Todas as crianças que possuem sintomas persistentes – de qualquer doença – precisam de acompanhamento médico a longo prazo, multidisciplinar, juntamente com informação, para permitir que encontrem seu caminho individual de recuperação.
*sob supervisão