“Na minha opinião, nenhuma decisão é final até que é publicada”, disse De Luca. “Sempre há tempo para mudar o comportamento, tempo para evitar uma escalada ou uma piora da situação”, prosseguiu.

O advogado, contudo, não ocupa uma posição na istração dos EUA e ressaltou que não fala como porta-voz do governo.

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Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira (28) a restrição de vistos para estrangeiros, incluindo autoridades, que "censuram" norte-americanos.

O anúncio foi feito por Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, em uma publicação no X (antigo Twitter). Na postagem, ele chegou a citar a América Latina, mas não deu detalhes sobre a nova medida.

Ele afirma que sua opinião foi embasada pela sua experiência no setor público e no setor privado. De Luca foi promotor do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, e se diz “familiarizado” sobre como “pensam e avaliam” as questões da istração do presidente Donald Trump.

De Luca também entende haver uma “grande movimentação” do Itamaraty e da Embaixada do Brasil nos EUA, que é “perfeitamente correta”. Contudo, na posição de um diplomata ou na de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ele afirma que estaria refletindo sobre os motivos das sanções.

"O que seria muito mais produtivo do que minimizar ou negar o inegável, ou defender o indefensável, seria o seguinte: por que isso está acontecendo? Por que isso chegou a esse ponto? Como podemos evitar que isso piore? Quais são as raízes que criaram essa situação?", afirmou de Luca durante o CNN 360º.

Em conversa com a CNN em fevereiro deste ano, De Luca chegou a dizer que as ações de Moraes contra a Rumble eram se precedentes. A rede de vídeos e o grupo Trump Media processam ministro sob acusação de censura e violação da lei dos EUA.

Como apurou a CNN, a diplomacia brasileira avalia que a medida é menos abrangente do que a que ele próprio havia anunciado na semana ada.

Questionado sobre a restrição durante audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara nesta quarta-feira, o chanceler Mauro Vieira, ministro da pasta responsável, afirmou que a emissão de vistos é uma soberania de cada país.

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