Quem é Coronel Tadeu, que deve assumir o mandato no lugar de Zambelli
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou, nesta terça-feira (3), que deixou o Brasil e irá para a Itália. Segundo ela, o motivo inicial da viagem seria um tratamento médico. Com isso, a parlamentar afirmou que pedirá licença do mandato exerce na Câmara.
"Queria anunciar que estou fora do Brasil já faz alguns dias, eu vim a princípio buscando tratamento médico que eu já fazia aqui e agora eu vou pedir para que eu possa me afastar do cargo", disse em entrevista à Rádio Auri Verde.
Caso ela realmente se licencie do mandato, quem assume sua cadeira é o suplente Coronel Tadeu (PL-SP).
Ele chegou a ser eleito em 2018, quando foi vice-líder do PL na Câmara, mas não obteve votos suficientes para continuar no cargo em 2022.
Trajetória
Nascido em 30 de setembro de 1965, Marcio Tadeu Adhaia de Lemos é natural de São Paulo e possui carreira na Polícia do estado.
Já ocupou cargos como: oficial da Polícia Militar, policial Militar do Estado de São Paulo, Comandante de Helicópteros e também já foi Líder Táxi Aéreo no Rio de Janeiro.
Coronel Tadeu é bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), também é formado em Educação Física pela Escola de Educação Física da Polícia Militar de São Paulo e tem mestrado em Ciências da Segurança Pública.
Vida política
Em sua carreira política, Coronel Tadeu já foi filiado ao União Brasil, em 2022, antes de migrar para o PL.
Ao longo de suas atividades partidárias foi vice-líder do PL na Casa Legislativa durante o ano de 2022. Já foi suplente na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (2019 - 2020); suplente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (2019 - 2020); suplente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar (2021 - 2022 / 2022 - 2023), dentre outros.
Zambelli no exterior
No Brasil, Zambelli foi condenada, em maio, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Primeira Turma da Suprema Corte impôs uma pena de dez anos de prisão, perda do mandato (a ser declarada pela Câmara dos Deputados após o trânsito em julgado) e a inelegibilidade política.
Além da pena de prisão, ela terá que pagar, junto com o hacker Walter Delgatti, uma indenização de R$ 2 milhões.
À CNN, a deputada informou que vai à Itália e, por ter a cidadania italiana, não poderia ser deportada do país.