PF faz operação contra fraudes no cadastro de informações do INSS

Um dos alvos é responsável por 500 empresas no CNIS; prejuízo chega a R$ 3,5 milhões

Elijonas Maia, da CNN, em Brasília
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A Polícia Federal no Ceará cumpre na manhã desta quarta-feira (4) 15 mandados judiciais para desarticular uma associação criminosa voltada à inserção fraudulenta de vínculos empregatícios no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), com uso irregular das plataformas GFIP e e-Social.

O CNIS é um banco de dados centralizado do INSS que contém todas as informações sobre a vida de trabalho e previdenciária de um cidadão. Ele inclui informações como vínculos empregatícios, remunerações e contribuições previdenciárias.

Um dos investigados consta como responsável por mais de 500 empresas e utilizava familiares para operacionalizar o esquema, cujo prejuízo estimado em R$ 3,5 milhões, segundo a investigação.

São cumpridos mandados de busca e apreensão em 12 endereços, além de 3 mandados de prisão temporária, expedidos pela Justiça Federal.

Segundo a PF, as fraudes eram praticadas por meio de empresas fictícias, utilizadas para viabilizar benefícios indevidos como aposentadoria, salário-maternidade e seguro-desemprego. O investigado com 500 empresas em seu nome é um dos alvos da operação.

A ação é em conjunto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP), batizada de “Operação Serôdio”.

Os investigados poderão responder por associação criminosa, estelionato previdenciário, falsidade ideológica, falsidade material e lavagem de dinheiro.