A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, escreveu que é importante recordar a data principalmente "nos dias de hoje, em que estão sendo levados a julgamento os comandantes de uma nova tentativa de golpe, incluindo um ex-presidente da República tornado réu".

"É importante recordar esse período nos dias de hoje, em que estão sendo levados a julgamento os comandantes de uma nova tentativa de golpe, incluindo um ex-presidente da República tornado réu. A responsabilização penal dos golpistas, na vigência plena do estado de direito e das garantias constitucionais que tentaram abolir, é um dever histórico em defesa da democracia, hoje e para sempre", destacou Gleisi.

Há 61 anos, um golpe de estado lançou o país em um longo período de ditadura, que cerceou direitos e garantias, perseguiu, prendeu e matou opositores. Foram mais de duas décadas de resistência e sacrifício para a restauração da democracia, que culminaram com a campanha das…

— Gleisi Hoffmann (@gleisi) March 31, 2025

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que era preciso "relembrar para não repetir" e declarou ser contra anistiar os presos dos pelos atos do 8 de Janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.

"O Golpe Militar aconteceu há 61 anos, mas hoje ainda precisamos lutar firmemente em defesa da democracia, contra o extremismo e pela justiça. Ditadura nunca mais. Democracia sempre", disse Rui Costa.

É preciso relembrar para não repetir! O Golpe Militar aconteceu há 61 anos, mas hoje ainda precisamos lutar firmemente em defesa da democracia, contra o extremismo e pela justiça. Ditadura nunca mais. Democracia sempre. Sem anistia.

— Rui Costa (@costa_rui) March 31, 2025

Luiz Marinho, ministro do Trabalho, declarou que "hoje é um dia para lembrarmos de quão nocivas são as ditaduras" e também afirmou ser contra a anistia.

"Por isso, neste 31 de março, a palavra de ordem é ANISTIA, NÃO!", afirmou.

Hoje é um dia para lembrarmos de quão nocivas são as ditaduras. Períodos de dores e tristes lembranças. No caso do Brasil: torturas, assassinatos, desaparecimentos, corrupção e impunidade.
Por isso, neste 31 de março, a palavra de ordem é ANISTIA, NÃO!#anistianão #democracia

— Luiz Marinho (@luizmarinhopt) March 31, 2025

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa e Filho, publicou que a democracia brasileira "segue em constante construção".

"Que a memória do ado nos fortaleça no presente e nos inspire a seguir firmes na defesa do diálogo, da liberdade e do Estado Democrático de Direito", disse.

O golpe de 64 completa 61 anos. A democracia brasileira, conquistada com luta e coragem, segue em constante construção. Que a memória do ado nos fortaleça no presente e nos inspire a seguir firmes na defesa do diálogo, da liberdade e do Estado Democrático de Direito.

— Silvio Costa Filho (@Silvio_CFilho) March 31, 2025

Ditadura militar

Em 1964, o então presidente João Goulart era criticado por apresentar propostas como nacionalização de refinarias de petróleo e desapropriação de terras.

Nesse contexto, uma onda conspiracionista levou a um golpe militar que se efetivou entre os dias 31 de março e 1º de abril. Ao saber do deslocamento dos militares e da movimentação por sua renúncia, Goulart voou para Brasília em 1º de abril. Sem apoio na capital federal, o presidente civil partiu para Porto Alegre. O movimento seria usado pela oposição como justificativa para que a Presidência da República fosse declarada vaga.

Em sessão extraordinária — durante o dia 1º e 2 de abril —, o presidente do Congresso Nacional, Auro Moura Andrade, anunciou a vacância do cargo.

“Comunico ao Congresso Nacional que o senhor João Goulart deixou, por força dos notórios acontecimentos de que a Nação é conhecedora, o governo da República”, disse o senador na época.

Com o anúncio, Pascoal Ranieri Mazzilli, então presidente da Câmara, tomou posse. Alguns dias depois, o primeiro presidente militar do período que se seguiria, Castello Branco, foi eleito de forma indireta.

Após 21 anos de ditadura militar e em uma conjuntura de protestos contra o regime, em 15 de março de 1985, José Sarney tomou posse como vice-presidente civil para assumir interinamente a Presidência da República — marcando oficialmente o processo de redemocratização.

*Com informações de Renata Souza, da CNN

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