"Cid é o colaborador, ele apenas serviu à Justiça. Trouxe à sua contribuição, a sua parcela de contribuição, para orientar e informar, simplesmente isso", destacou o advogado Cezar Bitencourt.

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, nesta manhã, a análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra oito acusados pela tentativa de golpe de Estado.

Mauro Cid foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi indicado como um dos integrantes do "núcleo crucial" da suposta organização criminosa que atuou em prol de uma tentativa de golpe.

"Como assessor que foi do presidente, ele tinha conhecimento dos fatos, tinha conhecimento dos aspectos que se desencadearam. Dessa forma, o delator Cid se desincumbiu e buscou fazer cumprir sua missão", ressaltou a defesa.

Para o advogado, Cid "cumpriu seu dever" e, agora, precisa "receber o que merece".

"Não temos muito o que falar, apenas destacar sua grandeza. Ele [Cid] está como delator, as circunstâncias os colocaram nessa situação. [...] Ele [Cid] cumpriu seu dever, tem que receber o que merece, sustentamos que esperamos a absolvição dele, ou até a recusa da denúncia", concluiu.

Os denunciados desse núcleo principal do plano de teor golpista foram indiciados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima, e deterioração de patrimônio tombado.

Estão reservadas três sessões para o julgamento, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além da realizada na manhã desta terça-feira (25), há também um tempo separado na manhã de quarta-feira (26), caso seja necessário.

Caso a Suprema Corte opte por aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República, os oito denunciados se tornam, automaticamente, réus.

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