A articulação para conter a aprovação do chamado PL da devastação, começou na semana ada, quando a ministra se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
No Senado, o texto foi aprovado por 54 votos favoráveis e 13 contrários, de um total de 81 parlamentares. Marina classificou o projeto em discussão como “o enterro do licenciamento ambiental”.
“Eu fui ao presidente Hugo Motta para pedir tempo e na democracia a gente debate, a gente não vence, a gente é convencido. A nossa ministra [da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República], Gleisi Hoffmann, já disse várias vezes que nós, o governo, vamos trabalhar para que a gente possa reparar os danos desse projeto”, disse Marina.
A fala aconteceu na Universidade de Brasília (UnB), onde a ministra fez uma participação em um evento que discutia os desafios das comunidades afetadas por barragens.
Segundo a ministra, Hugo garantiu que antes do projeto ir ao plenário, o assunto será discutido com líderes partidários. “Ele disse que ia ouvir os diferentes blocos dentro da Câmara, os líderes e os setores da sociedade. E que ele ainda não conhecia o projeto, porque era um terceiro projeto que apareceu de última hora.”
“Agora está na Câmara dos Deputados e o que nós precisamos é de tempo para debater, para ouvir a ciência e ouvir os movimentos sociais”, continuou Marina. “É por isso que existem duas Casas [Câmara dos Deputados e Senado Federal], para que a gente possa pensar duas vezes”