Aragão destacou que o governo Lula enfrenta desafios significativos para recuperar a popularidade perdida, ressaltando que o presidente tem apenas um ano para reverter a alta rejeição, que atualmente está em torno de 56 e 57%. Segundo o analista, com esse nível de rejeição, a reeleição seria improvável.
O especialista apontou que o governo Lula "nunca decolou" e agora se vê na necessidade de "preparar a aterrissagem". Aragão enfatizou que a condução da política continua "muito atrapalhada", citando problemas nas negociações com o Congresso e questões controversas como o IOF, o PIX e o INSS.
Além disso, Aragão observou que a maioria dos operadores políticos em Brasília considera que o governo já está no "final do jogo", vivendo o "tempo da prorrogação".
Ele ressaltou que as promessas de reinvenção do governo Lula para 2025 não se concretizaram, e os sinais indicam que não irão se realizar.
Quanto à sucessão, Aragão afirmou que Lula é candidato "porque não existe outro candidato". Ele mencionou que Fernando Haddad, que seria uma opção natural, "está desgastado por conta de todas as questões econômicas", e os demais nomes potenciais são considerados de "série B ou série C".
O analista também comentou sobre o cenário da direita política, observando que está em construção um nome para substituir Bolsonaro, que está inelegível.
Segundo Aragão, busca-se um candidato com características diferentes das de Bolsonaro, como boa relação com a imprensa, com o Judiciário e com o centrão, além de uma agenda econômica liberalizante clara.