Os aliados do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também disseram querer ver Bolsonaro responsabilizado e no “banco dos réus”.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que o grupo está “estarrecido” com as informações que constam na denúncia e que “ninguém está comemorando”, pois se tem no documento da denúncia “uma das histórias mais tristes do nosso país”.

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Ao mesmo tempo, elogiou o trabalho de investigação feito pela Polícia Federal (PF) e buscou reforçar que os supostos golpistas chegaram a colocar o plano em execução, com reuniões e entrega de dinheiro para o financiamento de ações.

O 8 de janeiro [de 2023] era a última tentativa de golpe”, prosseguiu Lindbergh.

Uma declaração feita pouco antes por parte do presidente do Congresso e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), de que a anistia “não é um assunto dos brasileiros”, também foi elogiada pelo líder do PT na Câmara.

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que a denúncia expõe “minuciosamente” as ações desde 2021 para que um golpe acontecesse. Ao seu ver, havia uma “intenção clara” de não deixar Lula voltar a ser presidente do Brasil.

Ela declarou que o lugar de supostos golpistas é “no banco dos réus” e negou que o projeto da anistia poderá avançar dentro do Congresso Nacional.

A deputada Talíria Petrone (RJ), líder do PSOL, afirmou não se tratar de “revanche, vingança”, nem de pauta de esquerda ou direita, mas da “defesa da democracia”. Para ela, a gravidade dos fatos apontados na denúncia não podem ser tolerados por ninguém. Ela reforçou que a agenda da anistia agora a a ser “inaceitável”.

Ao longo das falas, alguns parlamentares seguravam plaquinhas com os escritos: “Bolsonaro preso”, “sem anistia”, “democracia sempre mais” e “prisão para os golpistas”.

Os governistas encerraram a coletiva gritando “sem anistia”. Mais cedo, os oposicionistas haviam encerrado as falas com gritos de “anistia já”.

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