Em seguida, Eduardo levantou uma questão, querendo saber como seu atual trabalho, nos Estados Unidos, "pode ser considerado" uma intercessão.

"Quando a esquerda saiu pelo mundo afora gritando 'Lula livre', falando que ele era vítima de uma perseguição pelo Poder Judiciário brasileiro, ninguém considerou interferência. Então como é que meu trabalho aqui pode ser considerado interferência?", destacou o deputado em entrevista na Revista Oeste, após ser questionado sobre um possível atentado à soberania brasileira, provocado pelos EUA.

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Na última quarta-feira (21), o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubioafirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode ser alvo de sanções norte-americanas. A informação foi apresentada pelo chefe da diplomacia do presidente Donald Trump durante audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes do país.

Hoje, Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a abertura de um inquérito contra Eduardo Bolsonaro. O magistrado é relator do caso por também conduzir na Corte investigações que tem relação como caso, como o inquérito das fake news e a ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado no país.

Ainda segundo Eduardo, Moraes será "sancionado a título de dar um exemplo para desencorajar outras pessoas a tomarem as mesmas atitudes que o ministro contra empresas norte-americanas".

"Após sancionado Alexandre de Moraes, a gente vai ver um ambiente muito melhor no Brasil", enfatizou.

Debate sobre possível sanção

Na quinta (22), Eduardo Bolsonaro, e o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), debateram, no CNN Arena, sobre as possíveis sanções dos Estados Unidos contra Moraes.

Eduardo disse que Moraes coleciona inimigos internacionais. O deputado chegou a mencionar o bloqueio da plataforma Rumble no Brasil, e a suspensão do X (antigo Twitter), ambas determinadas pelo magistrado.

"Alexandre de Moraes, embebedado de poder, começou a interferir na jurisdição norte-americana", disse Eduardo Bolsonaro.

"Ele vai ter que jogar num campo que não é o Brasil, onde ele controla todo mundo, dentro da base da ameaça. Moraes terá contas a pagar, e acredito que a partir daí, a gente vai ter um novo cenário brasileiro", acrescentou.

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