"Então vai ser um problema muito grande para Alexandre de Moraes ter um cartão Visa, um cartão Mastercard, ou qualquer coisa desse tipo", disse Eduardo. "Muito pior será a situação de Alexandre de Moraes, nem um cartãozinho ele vai poder usar", prosseguiu.

O parlamentar mencionou uma "pena de morte financeira", sem a possibilidade de que o sancionado consiga realizar uma transação internacional ou abrir uma conta, por exemplo, de acordo com seu entendimento dos parâmetros norte-americanos. Essa pena seria aplicada a Moraes.

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"Só para que vocês entendam, o motivo da sanção é a violação da Lei Magnitsky. A Lei Magnitsky é a lei que fala dos direitos humanos e prevê os mecanismos de resposta aos violadores", disse Eduardo, adicionado que as sanções são postas pelo Tesouro americano.

Promulgada em 2016 nos Estados Unidos, a Lei Magnitsky autoriza o presidente dos Estados Unidos a impor sanções econômicas a estrangeiros à corrupção ou à violação dos direitos humanos, além da possibilidade de negar a entrada dos estrangeiros acusados no país.

"Falaram que estou trabalhando por sanções contra o Brasil. Mentira", prosseguiu. "Eu não trabalho por sanções contra o Brasil. É que em tese eu acho que isso virá naturalmente por conta das 'pataquadas' do Lula e da sua equipe de ministros, totalmente ideológicos, nada diplomáticos, nada pragmáticos", citou.

"O Trump já aumentou tarifa do aço. Deve vir tarifa também contra o etanol brasileiro", continuou.

Ainda este mês, a Casa Branca anunciou taxas impostas sobre a importação de aço dos Estados Unidos, sem exceções ou isenções aos países, o que inclui o Brasil.

"As sanções que eu busco são pontuais contra um grupo de pessoas. Vou falar aqui, não é só Alexandre de Moraes não, mas contra um grupo seleto de pessoas que há muito está abusando dos seus poderes, há muito está violando os direitos humanos", afirmou o deputado.

Licença do mandato

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) entrou oficialmente na última quinta-feira (20) com um pedido de licença do seu mandato como parlamentar.

A licença de Eduardo Bolsonaro vai durar 122 dias. Do total, dois dias serão destinados a “tratamento de saúde”. Os outros 120 dias são para “tratar de interesses pessoais”.

O suplente José Olímpio (PL-SP) assumiu o cargo durante a ausência.

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