Os ministros também condenaram o hacker Walter Delgatti a oito anos de prisão pelo mesmo motivo. Os dois respondem pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

Zambelli e Delgatti, ainda deviam pagar juntos, uma indenização de R$ 2 milhões.

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Além da prisão, o STF também determinou a perda do mandato da deputada, a ser executada após o trânsito em julgado da ação, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recurso.

Denúncia

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou uma investigação do caso à Polícia Federal (PF) em fevereiro deste ano.

Segundo a PGR, os atos Zambelli e Delgatti atentaram “contra a segurança do Poder Judiciário”.

O que diz a defesa

Os advogados da deputada chegaram a apresentar embargos de declaração contra a decisão.

“Não foram franqueadas todas as provas produzidas à defesa da embargante e franquear o o à íntegra dessas provas, consubstanciadas nos 700 GB do arquivo”, afirmaram.

A defesa também contestou a indenização: "Não há critérios objetivos que possam quantificar e precisar, ainda que grosseiramente, o prejuízo sofrido pela istração da justiça, de modo que a fixação de indenização em patamar milionário decorre de discricionariedade do julgador sem amparo em critérios objetivos".

Pedido de doações

Poucos dias após a decisão dos ministros, Zambelli foi às redes sociais pedir doações via Pix para eleitores, com o objetivo de arcar com as multas judiciais. Algumas horas após a publicação, a parlamentar fez uma nova postagem dizendo já ter arrecadado cerca de R$ 166 mil.

"Hoje, venho aqui com o coração apertado, mas com coragem para enfrentar multas milionárias, mesmo sem ter cometido crime, por lutar pelas liberdades que acredito. Antes mesmo do fim do processo, a Justiça já pode exigir esse pagamento — e eu não tenho como arcar sozinha com isso", escreveu Zambelli em seu perfil nas redes.

Outros casos

Além do caso hacker, Zambelli também é julgada pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.

Em agosto de 2023, o STF tornou a deputada ré por ter perseguido, de arma em punho, um homem que considerou apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

*Sob supervisão de Fernanda Tavares

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