No entanto, a deputada havia anunciado na última terça-feira (03), que não está mais no Brasil. Ela deixou o país, foi aos Estados Unidos e, de lá, pretende partir rumo à Itália, onde quer se estabelecer.
Por isso, para que a Polícia Federal (PF) consiga realizar a prisão preventiva, é preciso que o nome de Zambelli seja incluído na lista de Difusão Vermelha da Interpol. A partir desse momento, a parlamentar é considerada como foragida.
A inserção do nome funciona como um alerta internacional com intuito de localizar e apreender a pessoa em questão.
O advogado criminalista Anderson Lopes, mestre em processo penal pela USP, explica que o processo se dará dessa forma a partir de agora:
"O ministro Alexandre de Moraes enviará o mandado de prisão para a Polícia Federal brasileira, que, por sua vez, encaminhará pra Interpol. Ao receber o mandado de prisão, a Interpol vai compartilhar o pedido com todos os países que fazem parte do organismo criminal - até porque não se tem notícia exata da localização da deputada ou, ainda que se saiba o paradeiro atual. Ela pode se locomover até que a ordem seja cumprida".
O advogado criminalista Bruno Salles já tinha adiantado para a CNN que a parlamentar não poderia embarcar dos Estados Unidos para a Itália, onde tem cidadania, após a expedição do mandado de prisão preventiva e também da inclusão do nome dela na Difusão Vermelha.
“Cabe à PF pedir a inclusão do nome dela na lista “red diffusions” — a difusão vermelha — da Interpol. Se isso acontecer e ela ar pelo aeroporto, pode ser presa”, diz o advogado criminalista Bruno Salles.
A Organização Internacional de Polícia Criminal tem como responsabilidade auxiliar as polícias dos países que fazem parte dela.
Atualmente, 196 países são membros da Interpol. Todos eles podem compartilhar e ar dados sobre crimes, criminosos e foragidos.
Cada um desses países possui um Escritório Central Nacional (NCB) da Interpol, o que conecta a aplicação da lei nacional com outros países e com a Secretaria-Geral da Organização.