Zambelli afirmou que sua intenção é retornar ao Brasil para concluir seu mandato. "Eu volto com certeza, porque eu quero terminar meu mandato", declarou a deputada. Ela ressaltou que sua saída do país não deve ser interpretada como uma fuga, mas sim como um "ato de resistência".
Quando questionada sobre a possibilidade de perder seu mandato e, consequentemente, sua imunidade parlamentar durante o período em que estiver fora do país, Zambelli demonstrou estar ciente dos riscos.
No entanto, a deputada expressou o desejo de continuar exercendo suas funções parlamentares, mesmo à distância: "Minha intenção, se houvesse algum tipo de forma de pedir, eu continuaria o meu mandato da mesma forma e votaria à distância".
A deputada também falou à CNN sobre um pedido de trancamento do processo que foi enviado à Câmara dos Deputados, buscando um procedimento similar ao que ocorreu no caso do deputado Alexandre Ramagem. Zambelli afirmou que este pedido ainda está em aberto.
Zambelli revelou que um dos motivos para ter desenvolvido depressão foi ter "engolido muita coisa" enquanto o processo contra ela estava em andamento. "Eu não vou para a cadeia ficar calada. Eu preciso falar o que está acontecendo", afirmou, justificando sua decisão de se pronunciar publicamente sobre o caso.
A parlamentar reiterou seu compromisso com os quase um milhão de eleitores que a elegeram, afirmando que não pretende abandonar o cargo que lhe foi confiado. Zambelli se descreveu como "muito corajosa" e enfatizou que sua atual situação é uma forma de resistência, não de fuga.
O caso de Carla Zambelli continua a gerar debates sobre imunidade parlamentar, separação de poderes e os limites da atuação política no Brasil. Enquanto a deputada aguarda desenvolvimentos em seu processo, a situação levanta questões sobre como o sistema político e judiciário brasileiro lida com casos envolvendo parlamentares em exercício do mandato.