Operação no RS mira jogador Ênio, do Juventude, por manipulação de apostas   •  Reprodução/MSRS
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) realiza, nesta terça-feira (20), uma operação em Caxias do Sul para apurar o envolvimento do jogador Ênio, do Juventude, e de outras pessoas em um esquema de manipulação de resultados para beneficiar apostas esportivas.

A ação atendeu a uma solicitação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que emitiu um alerta sobre distorções em apostas relacionadas à Série A do Campeonato Brasileiro de 2025.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência do atleta e também no Estádio Alfredo Jaconi, onde foi vistoriado o armário de uso pessoal do jogador.

A assessoria do atleta Sebastião Ênio Santos de Almeida disse em nota divulgada à CNN que segue à disposição das autoridades como um dos principais interessados no total esclarecimento do caso.

"Desde que o tema tornou-se público, Ênio mantém sua postura de contribuir efetivamente para que a verdade seja oficializada e de conhecimento geral. O único objetivo do atleta sempre foi e segue sendo desempenhar a sua profissão de forma digna, leal e honesta", afirmaram.

O objetivo da operação é reunir provas de que o investigado teria recebido vantagem — patrimonial ou não patrimonial — para provocar, de forma proposital, a aplicação de cartões amarelos em pelo menos duas partidas. A suspeita é de que pessoas próximas ao atleta tenham apostado sabendo previamente dessas infrações.

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Em nota, o Clube Juventude informou que tomou conhecimento da operação e colaborou fornecendo os os necessários para ação, tanto no estádio Alfredo Jaconi quanto no CT do Clube.

"Reiteramos nosso compromisso com a integridade e a transparência, e continuamos à disposição das autoridades para colaborar com o que for necessário. O Clube seguirá atento aos desdobramentos desta ação e tem total interesse em acompanhar o completo esclarecimento dos fatos", finalizaram.

Os crimes apurados são organização criminosa, estelionato e a violação do artigo 198 da nova Lei Geral do Esporte, que criminaliza a solicitação ou aceitação de vantagem para alterar ou falsificar o resultado de uma competição esportiva. A pena prevista é de dois a seis anos de prisão, além de multa.

Segundo o Ministério Público, as investigações apontam que os valores apostados superaram o volume considerado normal, o que reforçou a suspeita de manipulação.

Os promotores responsáveis pelo caso são Rodolfo Grezzana, que atua em Caxias do Sul, e Manoel Figueiredo Antunes, coordenador do 5º Núcleo Regional do Gaeco – Serra. Também participaram da operação o coordenador estadual do Gaeco, promotor André Dal Molin, e a promotora Cristina Schmitt, com apoio da Brigada Militar.

A investigação segue em andamento para identificar outros envolvidos no esquema.

*Sob supervisão de Carolina Figueiredo

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