Durante uma entrevista coletiva, Silvio relatou que a jovem que enviou o bolo acompanhou todo o caso e que estava presente no momento em que Ana começou a ar mal.

"Ela viu a hora que a levei no hospital e, no outro dia, também viu minha menina caindo no banheiro e não demonstrou nenhuma reação... Depois da minha filha estando morta, ela ainda me cumprimentou e abraçou.", contou o pai.

Em documento de declaração da jovem obtido pela CNN, a suspeita confessou ter colocado óxido arsênico no bolo de pote.

Ela teria ido a uma doceria próxima a sua casa, onde comprou o doce que foi entregue a Ana Luiza através de um motoboy, no último sábado (31). Além da sobremesa, a vítima também recebeu um bilhete anônimo.

Já no domingo (1°), menos de uma hora após comer o bolo, a jovem começou a ar mal. Ela foi levada ao hospital, medicada e teve alta. No outro dia, teve outro mal-estar e morreu antes mesmo de chegar ao pronto-socorro.

O caso é investigado pela Delegacia de Polícia Civil de Itapecerica da Serra. O corpo da garota foi enterrado nesta terça (03).

Adolescente detalhou crime

O planejamento do crime começou no dia 14 de maio. Além de Ana Luiza, outra vítima também foi envenenada da mesma forma, alguns dias antes do atual acontecimento. A menina chegou a apresentar mal-estar, mas se recuperou dos sintomas.

Segundo a suspeita, o primeiro crime teria sido motivado após dois de seus namorados a terem deixado para ficar com a outra menina. Já o assassinato da adolescente de 17 anos, teria sido cometido por ciúmes.

A jovem alegou que "não tinha a intenção de que mal maior acontecesse", e que esperava que elas "só sentissem sintomas ruins, tais como vômito". Ao descobrir as notícias sobre Ana, diz que ficou chocada.

Em depoimento à polícia, ela ainda afirmou estar ando por algum problema psicológico e sente-se arrependida por todo o mal que causou.

*Sob supervisão de Pedro Osorio

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