O caso foi registrado na 5ª Delegacia de Polícia (Mem de Sá), que informou que agentes estão analisando imagens das câmeras de segurança do local e realizando diligências para apurar o que aconteceu.

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Dany, como era conhecida, era cozinheira formada pela ONG Gastromotiva, onde concluiu o curso de Formação Básica em Cozinha em 2023. Ela também atuava em projetos sociais. Em nota, a Gastromotiva lamentou profundamente a morte da ex-aluna, destacando sua trajetória de resistência, afeto e transformação social por meio da gastronomia.

“Danny era uma mulher trans, sonhadora e uma profissional incansável que acreditava na cozinha como ferramenta de transformação — como nós acreditamos. Sua partida brutal escancara, mais uma vez, a violência que insiste em ceifar vidas trans no Brasil”, disse a ONG.

A Casa Nem, organização que acolhe pessoas LGBTQIAPN+, também se manifestou nas redes sociais. A nota relembra a história de vida de Danielly e sua relação próxima com a fundadora da ONG, Indianarae Siqueira. Elas dividiram por anos um lar em Copacabana, onde atuavam juntas na militância trans e cuidavam de um cachorro adotado. Segundo a instituição, Danielly havia sido acolhida novamente pela Casa Nem nos últimos anos, onde retomou sua formação em gastronomia e empreendedorismo.

“Era amada em Copacabana, na Lapa, na Casa Nem e por onde ava. Danny vai deixar saudades. Mas em sua memória, vamos seguir lutando. Lutando para que as circunstâncias de sua morte sejam investigadas. Do luto à luta”, diz o texto da Casa Nem.

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Polícia investiga morte de cozinheira trans no Rio de Janeiro | CNN Brasil