O agente penitenciário Júlio Cesar Ferreira Aleixo e Rodolfo dos Santos Vasconcellos são acusados pelo crime de organização criminosa, que envolve práticas de homicídios, corrupção ativa e iva, extorsão, peculato, crimes contra a lei de licitações, porte e posse ilegal de armas e distribuição clandestina de sinal de TV e internet.

A denúncia foi apresentada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do MPRJ. 

Danilo "Tandera" é um dos milicianos mais procurados do Rio de Janeiro e atua principalmente em cidades da Baixada Fluminense. A investigação aponta que os denunciados desempenhavam papéis estratégicos na estrutura da quadrilha.

Rodolfo Vasconcellos atuava como articulador político, intermediando interesses da milícia com agentes públicos e organizando campanhas eleitorais para candidatos apoiados pelo grupo.

O inspetor Júlio Aleixo utilizava sua posição para facilitar ações da milícia, garantir benefícios a membros no sistema prisional e rear informações privilegiadas. O agente penitenciário foi afastado de sua função, após determinação da 1ª Vara Criminal Especializada.

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Segundo o MP, a organização criminosa agia com violência extrema e coerção para consolidar seu domínio territorial e econômico, causando terror entre moradores e comerciantes.

A quadrilha também se estruturava com mais sofisticação, com hierarquia e divisão de tarefas bem definidas, buscando se infiltrar na istração pública.

As investigações, iniciadas em 2020, ainda revelaram uma reunião entre líderes do grupo criminoso e pré-candidatos de Nova Iguaçu, Seropédica, Itaguaí e Queimados.

Os pré-candidatos, em troca do apoio da milícia em suas campanhas, prometiam conceder cargos públicos, controlar secretarias de governo e favorecer o grupo em licitações fraudulentas.

O MPRJ não informou a identidade dos pré-candidatos citados.

Em nota, a Secretaria Estadual de istração Penitenciária (Seap-RJ) informou que o agente mencionado é Inspetor de Polícia Penal há 19 anos. Leia a nota na íntegra: 

"A Seap informa que o citado é Inspetor de Polícia Penal há 19 anos. Durante os anos de 2019 e 2023, ele esteve cedido para Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), e, atualmente, está ativo no Museu Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro. A Secretaria acrescenta, ainda, que, até o momento, não foi oficiada pelo Ministério Público e também não recebeu notificação sobre a decisão da 1ª Vara Criminal de afastar o servidor de suas funções".

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