No momento, a capital tem 58,3% da população total imunizada, enquanto o total do estado está em 43%. No Brasil a taxa está em 46,4% faltando pouco mais de 4 meses para a folia.

O documento é assinado pelo pneumologista Hermano Castro, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, e pelo epidemiologista Roberto Medronho, da UFRJ. Além da cobertura vacinal em pelo menos 80%, outros quatro indicadores foram sugeridos e encaminhados para o prefeito Eduardo Paes.

Além dos cinco indicadores sugeridos e do reconhecimento dos benefícios para a economia e para a saúde mental da população com a perspectiva de realização do Carnaval, os especialistas indicam a necessidade de que se faça um amplo debate com a população sobre os dilemas éticos de fazer a festa.

"A sociedade deve discutir qual o risco que ela deseja assumir com a realização do evento. Essa discussão transcende em muito os dados quantitativos oferecidos pelos indicadores. Ela é essencialmente ética. (...) Há grande incerteza sobre os riscos inerentes ao evento. Por isso, é fundamental uma discussão franca com toda a sociedade para que os riscos e benefícios da decisão da realização do carnaval sejam assumidos por todos", escrevem Hermano Castro e Roberto Medronho.

Presidente da Comissão de Carnaval da Câmara de Vereadores do Rio, Tarcísio Motta (PSOL) afirmou à CNN que pretende realizar uma audiência pública em meados de novembro, a cerca de 100 dias para a festa.

"Até lá esperamos que o Comitê científico da prefeitura já tenha se posicionado, para que a gente possa analisar melhor a situação", afirmou ele, que prevê a entrega do relatório do grupo no dia 2 de dezembro - não por acaso, data em que se comemora o Dia Nacional do Samba.

À CNN, o secretário de saúde do Rio, Daniel Soranz, afirmou que o cenário sanitário da cidade é positivo e de melhor momento desde o começo da pandemia.

Na próxima sexta (15), o prefeito Eduardo Paes deve anunciar a segunda etapa da reabertura na capital. Nela, o haverá a flexibilização da obrigatoriedade do uso de máscara em locais públicos e sem aglomeração - desde que o município atinja 65% da população carioca com as duas doses da vacina.

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