Em entrevista à CNN Rádio, Ciasca afirmou que, uma vez estabelecido, esse protocolo vai ajudar crianças e adolescentes a identificarem quando determinada situação é uma violência, além de dar segurança à vítima para contar o que está acontecendo.

"Primeiro, a escola precisa fazer uma abordagem ampla de bullying em toda a escola, colocar regras bem claras de convivência e em relação à política pró-diversidade, com ambiente de confiança, solidário", afirmou. Ciasca defende ainda diálogo com os responsáveis, distribuição de materiais educativos para professores, além do e à vítima.

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Ciasca lembra, no entanto, que abordar o tema de violência sexual e de gênero nem sempre é fácil no ambiente escolar. "Muitas vezes é um tabu porque as pessoas ficam com muito receio, acham que é falar de sexo com crianças, mas não tem nada a ver com isso", garantiu. "Tem a ver com respeito ao corpo, à diversidade, tem a ver com a criança saber identificar o que não pode em relação ao corpo, a identificar quando está em uma situação em que precisa chamar outras pessoas, a identificar quando algo está errado".

O especialista afirmou que cabe tanto à escola quanto à família identificar quando alguma criança ou adolescente está sendo vítima de bullying. A reação mais comum deles é socializar menos e se isolar. "Aquela criança que está sempre sozinha, mais quietinha é porque ela está tentando se proteger ou porque um grupo está fazendo bullying social, que é impor o isolamento a essa criança", explicou.

O especialista explica que a prática do bullying por crianças, precisa ser analisada em sua complexibilidade. "Há a possibilidade de o agressor ser ou já ter sido vítima de bullying. Muitas vezes, as vítimas vão se tornar agressores também para outras crianças mais indefesas”, explica. “Outras crianças acabam entrando nisso porque elas têm medo de elas mesmo sofrerem bulying", disse o professor.

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