De acordo com nota divulgada pela Marinha, oficiais do Comando do 5º Distrito Naval foram informados por volta das 3h30 da manhã do dia 9 de que “4 tripulantes estavam à deriva em uma embarcação de esporte e recreio”. Em seguida, uma equipe de busca da Capitania dos Portos do Rio Grande do Sul (RS) e o Corpo de Bombeiros da cidade de Jaguarão foram mobilizados a fim de iniciar as buscas na região.
As buscas seguiram até 7h45, quando as duas equipes de buscas, a bordo da embarcação Britânia, localizaram os quatro ageiros à deriva: Alcemar Guterres, de 56 anos, empresário e dono do barco; o pai dele, Orlando Amaral, de 78; o afilhado de Guterres, Darlan Oleinizague, de 18; e Décio Seidel, de 56, também empresário e amigo da família.
À CNN, Alcemar Guterres falou sobre o acontecido. De acordo com o dono da embarcação, os quatro, que são moradores de Santa Rosa (RS), cidade localizada a cerca de 700 km da Lagoa Mirim, tinham ido para o local a fim de aproveitar o feriado, e estavam hospedados em uma vila da região.
Na sexta-feira (8), o grupo decidiu sair para pescar. Ao longo do dia, no entanto, o barco teria se enroscado em uma rede, e depois ficado preso na vegetação às margens do rio. Com o tempo, a embarcação ficou sem combustível.
“Foi um descuido meu”, afirmou o empresário. Questionado se o mau tempo colaborou para o acontecido, Guterres disse que “não teve a ver com a tempestade”.
Apesar de a chuva não ter sido um fator, o frio foi. Para se manterem aquecidos durante a madrugada, os quatro tripulantes precisaram usar uma lona a fim de se cobrir. A temperatura mínima registrada na região no dia 9 foi de 11° C.
Sem ter como se locomover, o grupo começou a chamar socorro. Ao longo da madrugada, a Marinha e os Bombeiros mantiveram contato com os quatro a fim de auxiliar na localização da embarcação, até que ela fosse encontrada no começo da manhã. Apesar do susto, Guterres garantiu: “amos um pouco de frio, mas estamos todos bem”.
*Sob supervisão de Vital Neto