Por lá, celebridades apostaram em maquiagens que abrem mão do exagero, reforça uma nova estética, cada vez mais discreta e naturalizada.

Bella Hadid, 28, por exemplo, surgiu loira e com um vestido da grife Saint Laurent, de recortes marcantes. Na maquiagem, a modelo norte-americana equilibrou ousadia e leveza, a partir de uma pele iluminada, olhos esfumados em tons terrosos e lábios nude.

Já a atriz Eva Longoria, 50, seguiu a linha minimalista com delineado sutil e batom neutro, combinando com vestido claro de modelagem clássica. Julia Garner, 31, vestiu Gucci, brincando com a naturalidade da pele bem tratada e lábios rosados.

Em sua agem pelo renomado evento, a brasileira Alessandra Ambrósio, 44, também chamou atenção com olhos levemente esfumados e boca em tom pêssego, reforçando a proposta de um visual mais harmônio, longe dos excessos.

Enquanto Angela Bassett, 66, deu destaque aos olhos bem pretos, esfumados, abraçando as referências dos anos 2000. O ponto alto se deu entre a mudança entre a sobra e a pele.

À CNN, Helo Bertolini, fundadora da Kohll Beauty, a virada na maquiagem é reflexo direto de um desejo coletivo por autenticidade. "A maquiagem de agora não busca esconder ou transformar, mas sim revelar o melhor de cada rosto. É mais emocional, mais conectada ao bem-estar do que à perfeição", analisa.

Segundo a especialista, o glamour pesado deu lugar ao frescor. Pele aveludada com pontos de luz estratégicos, lábios suaves e sobrancelhas naturais compõem o novo visual de tapete vermelho. "As pessoas estão mais conscientes. Preferem produtos funcionais, fórmulas mais leves e resultados reais. Essa estética ‘clean’ que chegou ao mainstream é o resultado disso", acrescenta.

Mais do que um desfile de beleza, o que se viu em Cannes foi uma afirmação de que a sofisticação está na simplicidade. "A maquiagem do futuro é aquela que acolhe, não que impõe. E Cannes entendeu isso perfeitamente", conclui Helo.

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