No entanto, Vassily Nebenzia alertou o Conselho de Segurança que um simples cessar-fogo não será suficiente para encerrar a guerra.

Além disso, destacou que, durante qualquer trégua, Moscou quer que os países ocidentais parem de armar a Ucrânia e que o país vizinho pare de mobilizar tropas.

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"Para alcançar uma solução sustentável e duradoura para a crise ucraniana, precisamos abordar suas causas profundas", comentou Nebenzia.

"O que estamos propondo é uma segunda rodada de negociações em Istambul na próxima segunda-feira... onde podemos trocar memorandos sobre as abordagens de ambas as partes em relação ao processo de negociações", adicionou.

Os Estados Unidos querem que a Rússia concorde com um cessar-fogo abrangente de 30 dias com a pausa de ataques em terra, ar e mar.

Uma primeira rodada de negociações diretas entre Rússia e Ucrânia em 16 de maio não resultou em um acordo de trégua.

Por sua vez, um diplomata americano afirmou ao Conselho de Segurança nesta sexta: "Compartilhamos a preocupação expressa por outros membros deste conselho de que a Rússia possa não estar interessada na paz e, em vez disso, estar empenhada em alcançar uma vitória militar".

O governo de Vladimir Putin destacou inicialmente que sua missão era "desarmar" a Ucrânia para que ela não representasse uma ameaça à Rússia e "desnazificá-la", eliminando líderes que caracterizava como nacionalistas.

Os países ocidentais acreditam que os verdadeiros objetivos da Rússia eram derrotar as Forças Armadas ucranianas e derrubar o governo de Volodymyr Zelensky, que é pró-Ocidente.

"Continuaremos lutando enquanto for necessário — sem ameaças às nossas fronteiras, sem educação antirrussa ou neonazista nos países vizinhos. Não permitiremos que nada disso aconteça", concluiu Nebenzia.

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