Drones ucranianos atingiram campos de aviação na Sibéria e no extremo norte, onde Moscou abriga bombardeiros pesados ​​que fazem parte de suas forças nucleares estratégicas.

Os Estados Unidos estimam que até 20 aeronaves foram atingidas e cerca de 10 destruídas, informaram duas autoridades americanas à agência de notícias Reuters, um número que é cerca de metade do estimado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Mas Ryabkov, que supervisiona a diplomacia de controle de armas, disse à agência de notícias estatal TASS: “O equipamento em questão, como também foi declarado por representantes do Ministério da Defesa, não foi destruído, mas danificado. Ele será restaurado.”

Não ficou imediatamente claro com que rapidez a Rússia conseguiria consertar ou substituir a aeronave danificada — se é que conseguiria — dada a complexidade da tecnologia, a idade de algumas aeronaves da era soviética e as sanções ocidentais que restringem as importações russas de componentes sensíveis.

Imagens comerciais de satélite obtidas após o ataque de drones ucranianos mostram o que especialistas disseram à Reuters parecerem ser bombardeiros estratégicos russos Tu-95 e bombardeiros de longo alcance Tu-22 Backfire danificados, que Moscou usou para lançar ataques com mísseis contra a Ucrânia.

Novo capítulo se desenha após ataque

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou ao líder dos Estados Unidos, Donald Trump, em conversa telefônica na quarta-feira (4), que Moscou teria que responder aos ataques, relatou Trump.

A Rússia possui uma frota estimada de 67 bombardeiros estratégicos, incluindo 52 Tu-95, conhecidos como Bear-H pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e 15 modelos Tu-160, conhecidos como Blackjacks, dos quais cerca de 58 estariam em operação, segundo Boletim dos Cientistas Atômicos.

Além disso, possui 289 caças e bombardeiros não estratégicos, incluindo Tu-22, Su-24, Su-34 e MiG-31, conforme o Boletim.

A Rússia não deu detalhes sobre quais aeronaves foram danificadas, mas afirmou que a Ucrânia atacou cinco bases aéreas.

Drone ucraniano se aproxima de avião na Rússia • Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU)
Drone ucraniano se aproxima de avião na Rússia • Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU)

O Tu-95 e o Tu-22 são aeronaves da era soviética, operacionais há muitas décadas.

O conglomerado industrial estatal Rostec afirmou em 2024 que versões modernas e atualizadas do Tu-95 estão em serviço e que não há planos para aposentar a aeronave.

O modelo mais recente, um Tu-95MSM, está em desenvolvimento e realizou seu primeiro voo de teste em 2020, a Rostec afirmou que ele representa uma atualização significativa que aumentará a eficiência e a vida útil da aeronave.

A United Aircraft Corporation, subsidiária da Rostec que fabrica os aviões, afirmou que o Tu-22M3 estava em produção em série desde 1978 e entrou em serviço militar em 1989.

A Rostec não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre quais seriam os desafios específicos em termos de peças para a aeronave.

 

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