Até então desconhecido pelos venezuelanos, González acabou escolhido pelo bloco Plataforma Unitária para o hercúleo desafio de concorrer contra Maduro e todo o aparato governamental venezuelano após María Corina Machado – proibida de ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos – e da candidata escolhida por ela, Corina Yoris, terem sido impedidas de se candidatar.

No último fim de semana, na reta final de uma campanha eleitoral na qual Machado e a prisão de integrantes da equipe da líder opositora acabaram se tornando protagonistas, González recebeu a CNN em sua casa, na Grande Caracas.

A CNN também solicitou entrevista com o presidente Nicolás Maduro, e aguarda retorno.

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Em entrevista exclusiva antes da recente fala de Lula de que Maduro precisa respeitar o processo democrático da Venezuela e entender que, se perder, precisa sair do poder, González Urrutia elogiou o envio de observadores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para acompanhar as eleições venezuelanas.

Para ele, que foi ex-embaixador da Venezuela na Argentina e na Argélia, o peso regional do Brasil faz com que qualquer decisão ou declaração do país sejam “seguidas com muita atenção”. Ele também afirma que conversou com políticos de alto escalão no Brasil que não estão dispostos a aceitar uma fraude eleitoral na Venezuela.

Leia trechos da entrevista:

CNN: Há várias denúncias de prisões de opositores, de assédio, de intimidações. Em que situação chega a oposição para essas eleições?

CNN: O senhor se sentiu ameaçado em algum momento?

CNN: O presidente Nicolás Maduro está falando da possibilidade de um banho de sangue e de uma guerra civil. O senhor acha que há possibilidade de violência política na Venezuela depois das eleições de 28 de julho?

CNN: Mas o senhor acha que tem possibilidade de violência política?

CNN: Que margem de vitória calculam que vão ter?

CNN: Isso é muito.

CNN: A que métodos se refere que eles usaram para reverter?

CNN: O senhor acha que se ganhar, conseguirá assumir?

CNN: O senhor acredita que o governo brasileiro está fazendo o suficiente para evitar perseguições ou a violação de alguns direitos políticos na Venezuela nesse processo eleitoral?

CNN: O senhor está em contato com integrantes do governo que dizem que não estão dispostos a apoiar uma fraude?

CNN: E o que te dizem?

CNN: No fim o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil decidiu mandar observadores.

CNN: São dois observadores. É suficiente?

CNN: E vocês como receberam essa notícia da observação do Brasil?

CNN: O Brasil é um país de peso que ajuda a amenizar alguns problemas da Venezuela? Como o senhor vê o papel do Brasil na incidência real da vida política?

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