Um relatório dos serviços de segurança britânicos informou Francisco que uma jovem com explosivos estava a caminho de Mossul, terceira maior cidade do Iraque, com o objetivo de detoná-los durante a visita do pontífice.

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O documento também identificou que uma van em alta velocidade havia partido em direção à cidade iraquiana, também com o objetivo de cometer um ataque.

As tentativas foram reveladas somente em dezembro de 2024, quando o pontífice falou sobre o assunto em sua primeira autobiografia, intitulada “Esperança”, lançada em janeiro de 2025.

“A polícia iraquiana os interceptou e detonou os explosivos. Isso também foi muito marcante para mim, foi o fruto envenenado da guerra”, afirmou Francisco enquanto comentava o livro.

Papa Francisco presta homenagem a Nossa Senhora de Karemlesh, imagem que foi vandalizada pelo Estado Islâmico • Foto: Vaticano/Divulgação
Papa Francisco presta homenagem a Nossa Senhora de Karemlesh, imagem que foi vandalizada pelo Estado Islâmico • Foto: Vaticano/Divulgação

A viagem foi considerada de altíssimo risco por razões de segurança e devido à pandemia de Covid-19, que estava na segunda onda de casos.

Porém, o papa se disse determinado a ir ao Iraque, país rico em história bíblica e onde reside uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo.

Viagem histórica

Francisco foi o primeiro papa a ir ao Iraque, o que foi considerado um marco. O líder da Igreja Católica ou por diferentes cidades, celebrou missas e se encontrou com autoridades.

Na capital Bagdá, o pontífice celebrou a primeira missa pública do país para 100 pessoas, na Igreja de São José.

Em Najaf, município sagrado para os muçulmanos xiitas, o papa se encontrou com o aiatolá Ali al-Sistani, considerado o principal clérigo xiita na época.

Durante a conversa, os líderes falaram sobre a importância das comunidades religiosas trabalharem juntas.

O grande aiatolá, Ali al-Sistani (esquerda), se reúne com o Papa Francisco • Foto: Divulgação/Vaticano
O grande aiatolá, Ali al-Sistani (esquerda), se reúne com o Papa Francisco • Foto: Divulgação/Vaticano

Ainda durante a agem pelo país, Francisco conheceu o refugiado sírio Abdullah Al Kurdi, pai de Aylan Kurdi, garoto de cinco anos cujo corpo foi encontrado em uma praia da Turquia, em 2015, quando a família tentava chegar na Grécia fugindo da guerra na Síria.

A imagem do menino morto na praia causou grande comoção internacional e se tornou o símbolo do drama dos refugiados que fugiam da guerra na Síria para Europa.

*Com informações de Reuters e CNN

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