Os prisioneiros receberam permissão para deixar as celas e irem para o pátio depois de uma uma série de tremores, informaram autoridades e a polícia nesta terça-feira (3).
A polícia afirmou que os presos roubaram armas dos funcionários da penitenciária, o que levou a um tiroteio e, em seguida, forçaram a abertura do portão principal.
A fuga, uma das maiores já registradas no Paquistão, começou pouco antes da meia-noite, no horário local, de segunda-feira (2) e continuou até a madrugada de terça-feira (3).
Kazi Nazir, o inspetor-geral das prisões da província de Sindh, falou que a quantidade de prisioneiros era difícil de controlar.
“Não temos pessoal suficiente para controlar uma multidão dessas à noite, mas fizemos o nosso melhor”, disse Nazir.
“Podemos dizer que não havia nenhum prisioneiro de alto escalão, estrangeiro ou indiano, entre eles. Os detentos aqui estão envolvidos em casos e crimes menores”, acrescentou.
Pelo menos um prisioneiro foi morto na troca de tiros, que também feriu três funcionários, informou o chefe de polícia da província.
O superintendente da prisão, Arshad Shah, disse a repórteres que havia 28 guardas de plantão à noite.
Segundo Shah, a cadeia não tinha câmeras de segurança. Cerca de 6 mil pessoas estão presas na prisão no distrito de Malir, em Karachi, a maior cidade do Paquistão.
Nesta terça-feira (3), um repórter da agência de notícias Reuters, que visitou a prisão, viu vidros estilhaçados e equipamentos eletrônicos danificados.
Uma sala de reuniões, onde os presos podiam ver as famílias, foi saqueada.
Familiares, ansiosos, se reuniram do lado de fora para descobrir notícias dos parentes presos.
O ministro-chefe da província disse que cerca de 80 detentos foram recapturados até o momento, acrescentando que foi um erro das autoridades prisionais permitirem que os presos saíssem das celas.
Os fugitivos, que não se entregarem, enfrentarão uma acusação grave por fuga.