Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e presidente da França, Emmanuel Macron, se abraçando • Ricardo Stuckert / PR
O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou nesta quinta-feira (5) que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia precisa ser aprimorado para ser aprovado, pois representa risco para agricultores europeus que “devem ser protegidos”.
“Este acordo neste momento estratégico é bom para muitos setores, mas comporta riscos para agricultores europeus”, afirmou Macron.
O presidente apontou como um dos principais imes a diferença de regulamentação para o uso de agrotóxicos entre os países do bloco e da UE.
A fala do francês foi feita após o presidente Lula afirmar que não sairá da chefia do Mercosul sem fechar o acordo com a União Europeia, durante uma declaração conjunta dos dois líderes em Paris.
“Como vou explicar aos agricultores que exijo que respeitem as normas, mas abro o mercado para produtos que não as respeitam?”, apontou Macron.
Segundo o presidente francês, o texto atual abre margem para haver uma importação desenfreada e deixaria os agricultores sem mercado.
Para ele é preciso aprimorar o acordo com cláusulas de salvaguarda, havendo um protocolo adicional para o setor, que garanta “freios” quando houver desestabilização no mercado.
Macron ainda sinalizou que essa condição “não tem nada a ver com a defesa estratégica do comércio”.
Lula rebateu afirmando que as agricultoras brasileira e sa podem ser complementares e defendeu o multilateralismo.
“Não é qualquer coisa esse acordo, é uma resposta para aqueles que não querem o multilateralismo, nós não queremos voltar ao protecionismo”, expressou o líder brasileiro.
“Eu deixarei a presidência do Mercosul com acordo com a União Europeia firmado, e com o companheiro Macron participando da ”,
Em seguida, os líderes se reuniram em um encontro bilateral no Palácio do Eliseu, sede do governo francês.