A fala foi feita durante uma declaração conjunta com o presidente da França, Emmanuel Macron, em Paris, onde Lula realiza uma visita de Estado de seis dias.
Segundo Lula, o acordo “é a melhor resposta que nossas regiões podem dar diante do cenário de incertezas criado pelo retorno do unilateralismo e protecionismo tarifário”.
Após a fala do brasileiro, Macron discordou, afirmando que o texto “precisa ser aprimorado” e que os agricultores ses “devem ser protegidos”.
O acordo histórico de livre comércio entre Mercosul e UE foi anunciado no início de dezembro do ano ado, após 25 anos de negociações, entretanto, países europeus se mostraram contrários afirmando que ajustes são necessários.
A França é uma das nações da UE que demonstrou descontentamento de maneira mais forte.
Ainda em 2024, o gabinete do francês classificou a medida como “inaceitável”, ressaltando que não poderia aceitá-lo nas atuais condições.
A explicação, em parte, para o receio de países como a França é de que importações agrícolas mais baratas poderiam prejudicar o setor agrícola interno.
Inclusive, agricultores fizeram protestos em diversos locais na Europa no decorrer das negociações no ano ado, o que foi intensificado com a iminência do acordo.
Os acordos de livre comércio são tratados bilaterais firmados entre blocos e/ou países para abrir as portas aos negócios entre as partes.
Regras de origem, comércio de serviços, compras governamentais, propriedade intelectual, barreiras técnicas, defesa comercial e outros tópicos são alguns sobre os quais esses acordos abordam e buscam facilitar.