Os detalhes da proposta ainda seguem sob sigilo. Mas autoridades ouvidas pela Reuters apontam que a Ucrânia topou o acordo patrocinado por Donald Trump, que daria aos americanos o à exploração de minerais críticos em solo ucraniano.
A Casa Branca já organiza uma visita do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir o tema nos próximos dias.
A proposta busca recompensar os Estados Unidos pela ajuda militar que a Casa Branca enviou a Kiev nos últimos três anos. E, inicialmente, não prevê qualquer compromisso futuro para garantir a soberania da Ucrânia.
Até aqui, o presidente ucraniano descartava o acordo. A mudança de postura de Kiev ocorre logo após o líder russo, Vladimir Putin, afirmar que estaria disposto a deixar empresas americanas explorarem minerais críticos nas regiões tomadas da Ucrânia desde 2014.
Apesar do aceno a Trump, o Kremlin descartou nesta terça-feira (25) a proposta americana de enviar tropas de paz europeias à Ucrânia como parte de um possível acordo de cessar-fogo.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou que o movimento seria equivalente ao envio de tropas da Otan ao campo de batalha. Algo que o chanceler russo classificou como "inaceitável".
A pressão da Casa Branca pelo fim da guerra alterou a correlação de forças no conflito. Trump isolou a Ucrânia e os europeus das conversas e ou a negociar diretamente com autoridades russas.
As agências de inteligência do governo americano avaliam que é possível que o Kremlin não esteja de fato interessado numa paz duradoura na região. E que Putin estaria usando a relação com Trump para ganhar tempo e reorganizar as tropas até ter condições para uma invasão total do território ucraniano.