Segundo o chefe do Departamento de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês), Gomes está ilegalmente nos Estados Unidos.
O jovem estava a caminho de um treino de vôlei quando foi preso em Milford. De acordo com Todd Lyons, diretor interino do ICE, ele estava dirigindo o veículo do pai no momento em que foi abordado.
"Em relação a Marcelo Gomes, ele permanece sob custódia do ICE. Ele não era o alvo da investigação", comentou Lyons em coletiva de imprensa.
“Estávamos procurando o pai. E, como disse a Diretora de Campo [Patricia] Hyde, eles pararam o veículo, que era o do pai. Ele estava dirigindo. Mas, como qualquer policial local, se você encontrar alguém com um mandado ou, como eu disse, que esteja aqui ilegalmente, tomaremos providências", concluiu.
Em nota, o Itamaraty afirmou que tem conhecimento do caso e está em contato com as autoridades e a família de Gomes, prestando assistência consular, inclusive sob forma de apoio jurídico e psicológico.
Um juiz federal emitiu uma ordem de emergência no domingo (1°) impedindo as autoridades de transferir Marcelo Gomes para fora de Massachusetts por pelo menos 72 horas, em resposta a uma ação judicial que alegava que ele estava detido ilegalmente.
A ação judicial afirma que o brasileiro entrou nos Estados Unidos com visto de estudante.
A advogada do brasileiro pediu sua libertação imediata e disse que "seu visto de estudante expirou, mas o requerente é elegível e pretende solicitar asilo".
Colegas de Marcelo Gomes fizeram um protesto nesta segunda-feira (2) pedindo a libertação do estudante.
Eles se reuniram em uma rua da cidade segurando cartazes com os dizeres "Libertem Marcelo" e "Eu apoio Marcelo", de acordo com a WCVB, rede afiliada da CNN.
Também houve um grande protesto no domingo (1°) no subúrbio de Milford, em Boston, onde ele mora, de acordo com informações da agência Reuters.