Foguetes disparados de Gaza em direção a Israel na manhã deste sábado (7)   •  CNN
Foguetes disparados por palestinos em resposta aos ataques aéreos israelenses durante uma operação em Gaza   •  Anadolu Agency via Getty Images
Danos causados ​​por um ataque de foguetes vindo de Gaza por militantes palestinos do Hamas neste sábado (7)   •  Ilia Yefimovich/picture Alliance via Getty Images
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Pessoas tentam apagar fogo em carros após um ataques de mísseis vindos de Gaza no sábado (7)
Pessoas tentam apagar o fogo em carros após um ataques de mísseis vindos de Gaza neste sábado (7)   •  Ilia Yefimovich/picture Alliance via Getty Images
Membros do Corpo de Bombeiros de Israel tentam extinguir o fogo em carros após ataques com foguetes vindo de Gaza   •  Ilia Yefimovich/picture alliance via Getty Images
Ambulância danificada em um ataque do exército israelense enquanto os confrontos entre facções palestinas e as forças israelenses continuam em Khan Yunis, Gaza, em 07 de outubro de 2023
Imprensa tira fotos de uma ambulância danificada em um ataque do exército israelense enquanto os confrontos entre facções palestinas e as forças israelenses continuam em Khan Yunis, Gaza   •  Abed Zagout/Anadolu Agency via Getty Images
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Danos causados por um ataque de foguetes de Gaza. Militantes palestinos em Gaza dispararam inesperadamente dezenas de foguetes contra alvos israelenses na manhã deste sábado (7)   •  Ilia Yefimovich/picture alliance via Getty Images
Policiais israelenses se protegem atrás de um muro durante ataques com foguetes vindo de Gaza   •  Ilia Yefimovich/picture alliance via Getty Images
Oficiais israelenses caminham ao lado de uma casa destruída durante um ataque de foguete vindo de Gaza   •  Ilia Yefimovich/picture alliance via Getty Images
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Forças israelenses entram em confronto com palestinos perto da fronteira Israel-Gaza em Sderot, Israel   •  Mostafa Alkharouf/Anadolu Agency via Getty Images
Veículo militar israelense é apreendido pelos palestinos enquanto os confrontos entre grupos palestinos e as forças israelenses continuam em Gaza   •  Mustafa Hassona/Anadolu Agency via Getty Images
Militantes seguram uma bandeira da Palestina enquanto destroem um tanque das forças israelenses em Gaza   •  Hani Alshaer/Anadolu Agency via Getty Images
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Membros palestinos das Brigadas Ezz Al-Din Al Qassamque, a ala militar do Hamas, queimam veículos blindados militares pertencentes às forças israelenses perto da Faixa de Gaza   •  Ashraf Amra/Anadolu Agency via Getty Images
Palestinos queimam pneus de carros e bloqueiam estradas enquanto entram em confronto com as forças israelenses no distrito de Beit El, em Ramallah, na Cisjordânia   •  Anadolu Agency via Getty Images
Pessoas avaliam a causa da destruição causada pelos ataques aéreos israelenses na Cidade de Gaza   •  Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images
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Militantes palestinos iniciaram uma “guerra” contra Israel, na qual se infiltraram por ar, mar e terra a partir da Bloqueada Faixa de Gaza, disseram autoridades israelenses   •  Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images
Pessoas tentam apagar fogo em carros após um ataques de mísseis vindos de Gaza no sábado (7)
Ambulância danificada em um ataque do exército israelense enquanto os confrontos entre facções palestinas e as forças israelenses continuam em Khan Yunis, Gaza, em 07 de outubro de 2023
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Com tradução do árabe para "entusiasmo" ou "fervor", o grupo palestino Hamas atacou Israel neste sábado (7), deixando centenas de mortos e feridos. Com 36 anos de existência, o grupo, considerado terrorista por países como Estados Unidos e pela União Europeia, luta pela Palestina, e afirma que o local é uma terra islâmica.

O surgimento do grupo ocorreu após uma revolta popular, em 8 de dezembro de 1987, chamada de "Primeira Intifada" ou "Guerra das Pedras". Intifada, em árabe, significa tremer de medo ou de doença, e também significa um despertar abrupto de um sonho ou inconsciência. Moradores começaram a atirar paus e pedras nas tropas israelenses no campo de refugiados de Jabaliyah, no extremo norte da Faixa de Gaza.

O conflito se encerrou em 1993, após a de um cessar-fogo em Madri (Espanha) e Oslo (Noruega), onde foi criada também a Autoridade Nacional Palestina (ANP). Apesar da criação da ANP, os demais acordos firmados nos dois países nunca aconteceram de fato. O grupo mesmo declara o acordo como "infame".

O Hamas (Movimento de Resistência Islâmica) se define como um movimento de resistência baseado no Corão. O principal ponto é a instauração de um Estado palestino em toda a área de Israel, que o grupo inclusive não reconhece.

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Foi criado pelo Sheikh Ahmed Yassin, Abdel Aziz al-Rantissi e Mohammad Taha, vindos da Irmandade Muçulmana -- grupo criado em 1928 que rejeita qualquer traço da cultura ocidental e prega os ensinamentos do Corão.

A Carta de Princípios do Hamas, publicada em 1988, afirma que a terra da Palestina "é uma terra islâmica". As primeiras ações foram vistas como atos humanitários, como a construção de escolas, hospitais e outras ações de assistência social não só na Faixa de Gaza, como na Cisjordânia. Foi aí que o grupo ganhou força.

Em 1989, Ahmed Yassin foi preso pelo governo israelense. O que era considerado o fim do grupo, na verdade, acabou deixando o Hamas mais forte. Solto em uma troca de prisioneiros, Yassin, que andava de cadeira de rodas e era cego de um olho por causa de um acidente esportivo na juventude, foi morto pela Força Aérea Israelense em 2004.

Veja também - Vídeo mostra prédios sendo atingidos por mísseis na Faixa de Gaza

Força política

Como partido político, o Hamas liderou dois governos sucessivos da Autoridade Palestina. Em 25 de janeiro de 2006, o partido venceu as eleições para o parlamento Palestino, derrotando o Fatah, outro grupo que também defende a 'libertação' da Palestina.

Depois da Batalha de Gaza, em 2007, que envolveu militantes do Hamas e do Fatah, os representantes eleitos do Hamas foram expulsos das posições no governo da Autoridade Nacional Palestina na Cisjordânia e substituídos por membros do rival Fatah.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, do Fatah, criou um gabinete de emergência, que substituiu a coalizão Hamas-Fatah, que ele extinguiu depois que o Hamas tomou o controle de Gaza à força.

Assim, os palestinos aram a ter dois governos - a liderança do Hamas na Faixa de Gaza e o gabinete montado por Abbas na Cisjordânia, liderado pelo economista Salam Fayyad.

Em 18 de junho de 2007, Abbas decretou a ilegalidade da milícia do Hamas. Representantes do grupo, então, declararam que o governo de emergência não era amparado pela lei palestina e que o Hamas continuaria funcionando como líder do governo.

Em maio de 2011, o Hamas e Fatah firmaram acordo de reconciliação depois de quatro anos de cisão.

Nesse meio tempo, em dezembro de 2008, o Hamas teve a rede de assistência social e educacional, usadas como base de lançamento de mísseis na Faixa de Gaza destruída por Israel, durante a Operação Chumbo Fundido.

"Mudança de foco"

Visto como antissemita e contra qualquer tipo de paz com Israel, o Hamas mudou um pouco a própria carta de princípios em 2017, em que ava a considerar os "sionistas" (como eles chamavam o governo de Israel) como os inimigos, não mais os judeus de forma geral. Apesar disso, o Hamas é uma das organizações que nega o Holocausto.

Foi neste ano também que o grupo aceitou a criação do Estado palestino provisório em Gaza, nas Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, apesar de ainda não reconhecer Israel de fato.

Tanto que Israel afirmou que a mudança de 'alvo' era apenas "uma mentira para enganar o mundo".

O Hamas é considerado como organização terrorista pelos Estados Unidos, União Europeia, Japão, Israel e Canadá. A Austrália e o Reino Unido consideram apenas o braço militar da organização -- as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam -- como terroristas.

África do Sul, Rússia, Noruega e o Brasil não consideram o grupo como organização terrorista.

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Veja ainda - Ex-primeiro ministro de Israel fala à CNN sobre ataque do Hamas

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