Em um discurso televisionado, Khalil Al-Hayya, que lidera a equipe de negociação do Hamas para conversas indiretas com Israel, afirmou que o grupo recusou um acordo de trégua provisório.

"Netanyahu e seu governo usam acordos parciais como cobertura para sua agenda política, que se baseia na continuação da guerra de extermínio e fome, mesmo que o preço seja o sacrifício de todos os seus prisioneiros (reféns). Não participaremos da aprovação dessa política", disse Hayya, referindo-se ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Leia Mais

Mediadores egípcios têm trabalhado para reativar o acordo de cessar-fogo de janeiro, que interrompeu os combates em Gaza antes de fracassar no mês ado. Contudo, houve poucos sinais de progresso, com Israel e Hamas culpando-se mutuamente pela falta de um acordo.

A última rodada de negociações, realizada na segunda-feira (14) no Cairo para restaurar o cessar-fogo e libertar reféns israelenses, terminou sem nenhum avanço aparente, disseram fontes palestinas e egípcias.

Hayya afirmou que o Hamas aceitou uma proposta dos mediadores, Catar e Egito, para libertar alguns reféns em troca dos palestinos presos por Israel e iniciar as negociações para implementar a segunda fase do acordo de cessar-fogo, que inclui o fim da guerra e a retirada das forças israelenses de Gaza.

Ele acusou Israel de oferecer uma contraproposta com "condições impossíveis".

O Hamas libertou 38 reféns em um cessar-fogo iniciado em 19 de janeiro. Em março, as Forças Armadas de Israel retomaram sua ofensiva terrestre e aérea em Gaza, abandonando o cessar-fogo após o Hamas rejeitar propostas para estender a trégua sem encerrar a guerra.

Autoridades israelenses afirmam que a ofensiva continuará até que os 59 reféns restantes sejam libertados e Gaza seja desmilitarizada. O Hamas insiste que libertará os reféns somente como parte de um acordo para encerrar a guerra e rejeitou as exigências para depor armas.

Tópicos
Faixa de GazaHamasIsraelReféns