A reabertura estava prevista um dia após o fechamento causado por uma série de ataques a tiros fatais perto dos locais de operações.
A organização, sediada nos EUA, informou que os pontos de distribuição não abririam no horário habitual devido a trabalhos de manutenção e reparos e não especificou quando a distribuição de ajuda humanitária seria retomada.
Um palestino, pai de quatro filhos em Khan Younis, Gaza, que pediu para não ser identificado por questões de segurança, disse à agência de notícias Reuters que o ponto de distribuição da GHF perto de Rafah, no sul do território, não havia sido reaberto até o meio da manhã.
A fundação não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O grupo, que tem sido duramente criticado por organizações humanitárias, incluindo as Nações Unidas, começou a distribuir ajuda na semana ada.
A ONU alertou que a maior parte da população de 2,3 milhões de Gaza corre o risco de ar fome após um bloqueio israelense de 11 semanas no local.
Enquanto isso, Israel anunciou ter recuperado os corpos de dois reféns israelenses e americanos de dupla nacionalidade em Gaza.
Gadi Hagi e sua esposa, Judy Weinstein-Hagi, foram mortos e levados para Gaza após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra.
Ao menos 56 reféns permanecem em cativeiro, e acredita-se que menos da metade esteja viva.
O exército israelense intensificou suas operações em Gaza desde que rompeu um frágil cessar-fogo com o Hamas em março, conquistando mais território enquanto o governo pressiona para exterminar o grupo militante.
Pelo menos 16 palestinos foram mortos em ataques de Israel em Gaza nesta quinta-feira (5), incluindo quatro jornalistas em um ataque a um hospital no norte do território, informaram autoridades de saúde locais.
O exército israelense não comentou de imediato.
A renovada campanha isolou ainda mais Israel em meio à crescente pressão internacional.
Na quarta-feira (4), um veto dos EUA bloqueou um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU, apoiado pelos outros 14 membros, exigindo um “cessar-fogo imediato, incondicional e permanente” e o total e ir à ajuda humanitária em Gaza.
Sob pressão global, Israel permitiu que entregas limitadas de ajuda lideradas pela ONU fossem retomadas em 19 de maio.
Uma semana depois, o relativamente desconhecido GHF lançou um novo sistema de distribuição de ajuda que ignora as agências tradicionais.