É o que explica a doutoranda em climatologia pela UFRS Karina Bruno Lima, em entrevista à CNN Rádio.
“Verificamos de forma sistêmica a maior incidência e maior intensidade desses eventos”, disse.
A climatologista destacou que isso acontece devido ao aquecimento global.
“O homem está aquecendo o planeta pela emissão de gases, especialmente pela queima de combustíveis fósseis, que desregulam o balanço de energia”, afirmou.
Dessa forma, é como se os gases prendessem a energia, “como se colocássemos cobertores na atmosfera e aprisionam o calor.”
Até o momento, segundo Karina Bruno Lima, o planeta aqueceu 1,2°C, algo que muda significativamente o os padrões conhecidos do clima.
Para a especialista, frear este movimento exige “modificação da matriz energética” e “planos de adaptação” a essas mudanças climáticas.
“O mundo caminha para energia limpa, mas acredito que não estamos na velocidade necessária para evitar esses cenários catastróficos", defendeu.
Ao mesmo tempo, ela vê que faltam avanços para os planos de adaptação em níveis nacionais, estaduais e municipais: “Cada vez que temos evento extremo resulta em desastre, pois não há adaptação”.
*Com produção de Isabel Campos