A votação do texto elaborado pelo Brasil foi adiada duas vezes nos últimos dias, enquanto os Estados Unidos tentavam intermediar o o da ajuda à Faixa de Gaza. Rússia e Reino Unido se abstiveram da votação e outros doze membros foram a favor da resolução.

Apesar da votação ter resultado em maioria absoluta a favor da aprovação do texto, os norte-americanos têm a prerrogativa de vetar uma resolução já que são uma das nações com assento permanente no Conselho de Segurança. China, França, Rússia e Reino Unido possuem o mesmo status.

O representante do Brasil no Conselho criticou a dificuldade para aprovação de um texto consensual diante de uma situação que ele classificou como "catástrofe humanitária".

"O Conselho deveria tomar uma atitude e agir rapidamente. A paralisia do Conselho diante de uma catástrofe humanitária não é de interesse da comunidade internacional. Enquanto fazíamos um grande esforço para acomodar posições diferentes — e, às vezes, opostas —, nosso foco estava, e segue estando, na situação humanitária", afirmou.

O texto condenava toda a violência e hostilidades contra civis e todos os atos de terrorismo e apelava à libertação imediata e incondicional de todos os reféns. A resolução proposta pelo Brasil pedia ainda pausas no conflito que permitissem o o de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, região onde a guerra está concentrada.

Durante a reunião em que o texto foi votado, o enviado norte-americano à ONU afirmou que os Estados Unidos estão "no campo fazendo o trabalho duro da diplomacia", trabalhando com Israel, seus vizinhos e a ONU para resolver a crise humanitária.

Segundo ele, o país está decepcionado com a resolução proposta, já que ela não menciona o direito de autodefesa de Israel.

Veja imagens do conflito entre Israel e Hamas

Na semana ada, Israel ordenou que cerca de 1,1 milhão de pessoas em Gaza — quase metade da população — se mudassem para sul da região enquanto se preparava para uma ofensiva terrestre em retaliação ao pior ataque do Hamas a civis nos 75 anos de história de Israel.

Israel colocou a Faixa de Gaza sob cerco total e fez intensos bombardeios. O país prometeu aniquilar o Hamas depois que o grupo radical islâmico matou 1.400 pessoas e fez reféns em ataques terroristas que começaram no dia 7 de outubro.

Autoridades palestinas dizem que mais de 3.000 palestinos foram mortos no conflito.

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Com informações da Reuters

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